Entre agulhas e linhas, eles tecem histórias

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Fotos: Arquivo pessoal

Neste domingo, 6 de setembro, comemora-se o Dia do Alfaiate. Esse ofício vai muito além de criar, transformar e costurar peças de roupa artesanalmente. O papel do alfaiate, uma das profissões mais antigas do mundo, é considerado uma arte por quem não abre mão deste atendimento que, além de qualidade, oferece exclusividade em estilos. A data alusiva a esses profissionais surgiu quando as leis que regulamentam o ofício foram aprovadas. 

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De tanto admirar os trajes nas ruas, o alfaiate Alvorino Antônio Daronco, 84 anos, se interessou pela carreira, que exerce há mais de 60 anos.

- Achava bonito ver as pessoas bem arrumadas. A partir disso, meu sonho era poder vesti-las - conta Daronco.

O alfaiate gosta tanto do trabalho, que, mesmo aposentado, não parou de atender os clientes.

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EXEMPLO DE CASA 
Foi em casa, junto à mãe modista, que o alfaiate e empresário Paulo Rui Rosa Ferreira, 61 anos, se apaixonou pela profissão. Para ele, que trabalha na área há 46 anos, a profissão pode ser definida como belíssima, já que é na satisfação do cliente que o alfaiate se realiza.

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 - É uma carreira brilhante, mas, infelizmente, falta incentivo, como curso técnico e superior. Por isso, nossa profissão está cada vez mais escassa - lamenta.

Ferreira ingressou no mercado de trabalho ainda jovem, e, de acordo com ele, um dos maiores desafios da profissão é a reengenharia:

- Precisamos nos reinventar. Em São Gabriel, montei uma empresa para, além de confeccionar roupas, oferecer serviços de reformas e ajustes.

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A ocupação do alfaiate, que nasceu depois do Renascimento, época em que surgiu uma preocupação maior em mostrar as formas do corpo, é considerada muito mais que uma profissão. É nas mãos dos alfaiates que nascem peças feitas com criatividade, atenção e sofisticação, de acordo com o gosto de cada cliente.