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VÍDEO: projeto social entrega chips de celulares para moradoras de comunidades

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Elisângela de Deus foi uma das contempladas pelo projeto

Ter um plano de telefone e internet sempre foi um luxo para a dona de casa Elisângela de Deus, 47 anos. Ela conta que só conseguia colocar créditos no telefone quando sobrava um dinheiro no final do mês. Ainda assim, os R$ 10 de saldo que colocava duravam pouco, mal dava para conversar com as irmãs que moram longe, e a internet sempre caía durante a aula da filha, que tem ensino remoto durante a pandemia.

- Era bem complicado. Eu só conseguia falar com as minhas irmãs por mensagem de WhatsApp, era muito caro para ligar. A minha filha tentava ver a aula e travava no meio. Estava difícil de acompanhar - relata Elisângela, que é presidente da Associação Mulheres Rosas de Março, criada para dar auxílio a moradores do Bairro Lorenzi. 


Pensando na realidade de Elisângela e de outras famílias que ainda têm acesso precário à internet, a Central Única das Favelas (Cufa) criou o projeto Alô Social, com o objetivo de distribuir chips de celulares a mães de comunidades de baixa renda. Em Santa Maria, o projeto distribuiu 100 chips com plano de internet a moradoras de todas as regiões das cidade em parceria com a associação Ará Dudu. 

- A chegada desse chip foi uma maravilha. Melhorou muito a nossa vida. Esses dias eu consegui ligar para as minhas duas irmãs que moram longe e fiquei uma hora no telefone. Quando que eu ia conseguir isso sem ajuda do projeto? A minha filha agora consegue acompanhar as aulas direitinho - celebra Rosângela.

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De acordo com a assistente social Ângela Maria Souza de Lima, o projeto começou em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e chegou a Santa Maria em outubro. 

- Esses chips foram destinados a mulheres que realmente precisam. São mulheres que enfrentam um momento difícil, com os filhos precisando fazer os trabalhos remotos e que muitas vezes tinham acesso limitado - destaca Ângela.

A presidente do Ará Dudu, Carmen Lucia Chaves, mais conhecida como Baiana, destaca que os chips foram distribuídos para todas as regiões da cidade. A maioria foi destinada às moradoras do Bairro Lorenzi. Há chance de chegar uma nova remessa, mas isso ainda não está garantido. 

- Todas as pessoas que receberam são mulheres e com filhos. Num momento tão difícil, a mulher da periferia mal consegue colocar comida na mesa, Imagina manter um plano de telefone? - reflete.

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

AJUDA A INCREMENTAR A RENDA
No começo da pandemia, a doméstica Saionara Coelho, 57 anos, ficou desempregada. Sem ter o principal ganha-pão, ela precisou se reinventar. Hoje, ela ainda faz faxinas, mas boa parte da renda vem dos artesanatos. Com o chip, ela consegue até vender as produções pelas redes sociais.

- Ajuda bastante a complementar a renda. Eu uso a internet para pesquisar material mais barato para o artesanato, pesquiso novos modelos pela internet e até consigo negociar e vender os meus produtos lá. Antes, não era sempre que a gente tinha créditos no telefone para mexer na internet - afirma.

O celular dela, com o chip que ganhou, também é usado pelos netos, que estão em idade escolar e vivem com ela no Bairro Chácara das Flores:

- Antes, era preciso buscar os materiais das crianças na escola. Agora, ficou mais fácil. Ficamos até menos expostos, sem precisar sair para ir até a escola.

*Colaborou Janaína Wille

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