dia do engraxate

VÍDEO: profissão de engraxate resiste ao tempo sem perder o brilho

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)

Nesta terça-feira, 27 de abril, é comemorado o Dia do Engraxate. Essa tradição remete ao ano de 1806, considerada a data do nascimento do ofício de engraxate, quando um operário poliu, em sinal de respeito, às botas de um general francês e foi recompensado com uma moeda de ouro por isto.

A profissão centenária se mantém através do anos, inclusive em Santa Maria. Quem passa pela Praça Saldanha Marinho, viaduto Evandro Behr, ou pelo Calçadão, provavelmente, já viu o engraxate Luciano da Silva, 43 anos, exercendo a profissão que escolheu ainda na infância. O que começou como uma brincadeira entre amigos, para saber quem deixava o sapato mais brilhoso, se tornou uma paixão que Silva carrega desde então.


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Atualmente, ele é um dos poucos engraxates da cidade. Na Saldanha Marinho, ele é o único que permaneceu mesmo em meio à pandemia. Os demais colegas, por já serem idosos, estão afastados devido ao perigo de contaminação pelo coronavírus.

- Quando eu comecei há mais de 30 anos, éramos 35 aqui na praça, divididos em turnos. Até 2019, éramos em quatro - comenta.

Para Silva, é muito bom ver a satisfação do freguês após um serviço bem feito. Segundo ele, a profissão sofreu de alguns anos para cá, quando o tênis passou a ser mais usado do que o sapato.

Ainda segundo o engraxate, a clientela tem diminuído bastante:

- Pessoas idosas usam mais sapatos do que os mais jovens e, com a pandemia, saem pouco de casa. Com isso, nosso faturamento caiu cerca de 80%.

Mesmo diante destas condições, Silva, assim como a tradicional atividade, faz o melhor para conquistar as clientes.

Laercio Dorneles da Silva, 50 anos, soube do trabalho do engraxate por meio de um amigo. Nesta semana, ele recorreu aos serviços pela primeira vez.

- É uma profissão que deve ser valorizada. Gostei muito e pretendo voltar outra vez - diz.

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INVERNO
O engraxate está à espera de dias mais frios para que o movimento volte a crescer. Segundo ele, a geada e a chuva fazem com que as pessoas procurem mais ajuda para limpar os calçados.

- Nos dias mais úmidos, é comum as pessoas sujarem os sapatos ao caminhar, seja numa poça d'água ou por passar em trechos com barro. Quando isso acontece, eles me procuram.

*Colaborou Gabriel Marques

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