VÍDEO: moradores de Três Barras levam mais de 12 horas para conter fogo em vegetação

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pâmela Rubin Matge (Diário)

Um incêndio de grandes proporções, que segundo um morador, teria atingido uma área de mais de 50 hectares, ameaçava avançar sobre lavouras e casas em Três Barras, no distrito de Arroio Grande em Santa Maria. O fogo começou por volta das 22h e por volta do meio-dia de domingo, a vizinhança ainda trabalhavam para conter os focos de fogo que insistiam em reacender.

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Durante a madrugada, os moradores usaram até máquinas agrícolas para ajudar uma equipe dos bombeiros a evitar que as chamas avançassem sobre lavouras de soja e casas.

 _ Estamos aqui desde umas dez (22h). É horrível porque não há água na região. É açude seco, caixa d'água seca. outro problema é que a mangueira dos bombeiros tem 50 metros e não foi suficiente para alcançar a parte mais de dentro do mato. Usamos o que tínhamos: manga, balde e tentávamos abafar as chamasse com os galhos, batendo também _ relatou o a agricultor Neco Lunardi, 61 anos., por volta das 11h de ontem, enquanto seguia e meio às à fumaça das árvores.

O fogo estaria atingindo um mato de Pinus, que é altamente inflamável, ainda mais com essa estiagem prolongada e o recorde de calor na cidade em 108 anos, atingido neste sábado, quando passou de 40 graus.

Árvores queimavam às margens direita e esquerda da estrada de chão da localidade. Na madrugada, as chamas chegavam a atravessar a via impedindo a passagem de carros, segundo relato de moradores.

_ Bombeiro falou que nem 50 caminhões conseguiriam apagar esse fogo. Disse que vão tentar conter para que não atinja casas. As pessoas estão na rua para não deixar que chegue na lavoura. Depois, tem as casas. Tomara que chova _ contou, por volta da meia-noite, Pedro da Rosa, que está passando o final de semana na casa do sogro.

A corporação disse que atendeu ao todo 22 ocorrências de fogo em campo e mato só no sábado, em Santa Maria.

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LIXO
O veterinário e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) João Schossler, 50 anos, também teve parte da sua propriedade em Três Barras atingida pelo incêndio e trabalhou durante na extinção do fogo na manhã de ontem. Para ele, um dos principais problemas que se agravam com a seca e o calorão é o acumulo de lixo e as frequentes invasões nas áreas particulares por trilheiros.

_ Tenho 130 hectares só de Área de Preservação Permanente (APP). Mesmo com cercas e porteiras, o pessoal não respeita vem passear e invade. Daí tem bituca de cigarro, plástico e garrafas. O vidro, quando exposto ao sol forma uma super-lente e pode causar o início da propagação um fogo. Não podemos afirmar, mas é bem provável que isso possa ter acontecido _ analisa.