Entrar em uma boate e dançar com os amigos como se não houvesse amanhã é uma atividade que pode ser corriqueira, mas que ganhou um ritmo especial na tarde desta quarta-feira, em Santa Maria, com a 4ª edição da Balada Inclusiva. Cerca de 800 pessoas participaram do evento, de acordo com Renan Beltrão, que faz parte da equipe de marketing da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), uma das instituições organizadoras da festa.
A Balada Inclusiva ocorreu, das 13h30min às 18h, na Moon Nightlife e contou com a presença de atendidos de instituições de Santa Maria e região. Beltrão conta que esta foi a primeira edição aberta ao público geral, diferente das festas anteriores, que eram exclusivas para pessoas com deficiência.
– A gente quer que a Balada Inclusiva seja o mais próximo possível de uma balada verdadeira. O objetivo é ir organizando ano a ano até que a gente consiga fazer uma festa à noite. Neste evento, os atendidos conseguem viver a experiência de ir a uma balada, como qualquer pessoa vai – diz Beltrão.
E Geulise Dacorso Saccol, 31 anos, aluna da escola Antônio Francisco Lisboa, comenta que adora a festa e conta que esta foi a terceira Balada Inclusiva que participou. Para ela, esta edição foi mais especial por que estava com o primo Jonathan Dacorso Vargas, 18 anos.
Ele é aluno incluído de uma turma do 1º ano do Cilon Rosa e ficou maravilhado com a balada.
– Está tudo muito legal! – avaliou o jovem.
DJ, BANDA, PIPOCA
A música da festa ficou por conta dos DJs Diego Vaz, Rafael Piccini e Dodo, que mesclaram ritmos como sertanejo universitário, funk, axé, pop e rock. Mas a balada também teve música ao vivo com Raquel Tombesi, Bruninho e a dupla Sandro e Cícero.
Com a cadeira de rodas grudada na frente do palco estava Lisiane Alves Dias, 30 anos. Ela queria curtir os shows de pertinho e não parou de dançar um minuto.
– O que tocar, eu danço. Gosto de tudo – garante.
Lisiane diz que participou de todas as edições da festa e afirma que vai estar em todas as próximas também.
Quem participou da 4ª Balada Inclusiva pode se deliciar com pipoca, doces e salgados, bem como sucos, refrigerantes e água, que foram servidos para a galera. Na animação também teve pintura facial com tinta neon, dançarinos, cabine fotográfica e apresentação circense.
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A Balada Inclusiva ocorre duas vezes ao ano, uma em cada semestre. Para a realização das festas, as instituições que atendem pessoas com necessidades especiais fecham parcerias com boates e empresas da cidade. Esta edição contou com cerca de 30 voluntários, para organizar e atender o público.
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