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OPINIÃO: Por que não tenho crédito?

Mateus Frozza

Por que não aprovaram meu financiamento habitacional, a compra de um carro ou em alguma loja, ou, simplesmente, não aumentaram o limite do cartão de crédito? Com certeza, muitos brasileiros estão com essas dúvidas. A escassez de crédito é uma realidade. Os agentes de crédito do sistema financeiro realmente apertaram os cintos. Os tempos de bonança, onde tudo podia em relação ao crédito, cessou de vez. 

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Segundo o Dicionário de Economia (ed. Record), crédito é uma transação comercial em que um comprador recebe imediatamente um bem ou serviço adquirido, mas só fará o pagamento depois de algum tempo determinado. O crédito inclui duas noções fundamentais: a confiança, expressa na promessa de pagamento, e o tempo entre a aquisição e a liquidação da dívida. De fato, a confiança é algo raro. Nela que se baseiam as relações comerciais a partir do histórico de pagamentos de cada consumidor brasileiro. Os consumidores são classificados de acordo com uma pontuação que interfere diretamente na concessão de crédito ou não pelo agente financeiro. Essa classificação é conhecida como crédito score. 

De acordo com o Serasa, o crédito score é o resultado dos pagamentos realizados em dia ou antes do vencimento e do relacionamento do cidadão com o mercado de crédito, ou seja, se as dívidas contraídas estão sendo pagas. Se existe relacionamento com o banco, como previdência privada, capitalização, seguro etc., a vida financeira do consumidor acumula pontos, e esses pontos são como notas semelhantes a um programa de recompensa. O peso de cada informação do score do Serasa é definido de acordo com um estudo do comportamento histórico de grupos de indivíduos não identificados. 

Esses grupos são compostos por pessoas com características financeiras parecidas (como idade, profissão, renda e residência). Desse modo, estatisticamente, é possível comparar os resultados obtidos por um consumidor específico com outros do mesmo grupo para o cálculo do score. O score é classificado como alto ou baixo de acordo com a vida financeira do consumidor. A pontuação vai de zero a 1.000 pontos. Sendo que até 300 pontos há alto risco de inadimplência, ou seja, a probabilidade deste consumidor contrair dívidas e não pagar nos próximos 12 meses é muito alta. 

De 301 a 700 pontos, a classificação é média. E acima de 701 pontos, o risco deste consumidor não pagar as dívidas é muito baixa, sendo este o perfil procurado pelo agente financeiro para fazer investimento. Para saber o seu score de crédito, você pode acessar o site Serasa Consumidor e ter a informação gratuitamente. Ter conhecimento sobre o seu crédito score permite o controle do seu currículo financeiro. Saber quando o score aumenta ou diminui, beneficia quem quer entender seu crédito e o impacto que ela pode causar em seus objetivos de consumo e desta forma organizar as despesas e compromissos financeiros. 

A pontuação é dinâmica e pode mudar de uma consulta para outra (sendo mais prudente de um mês para outro).  Estar com o nome limpo, ou seja, sem inscrição no cadastro dos inadimplentes, pagar suas contas em dia, manter os dados cadastrais atualizados no banco, e, se, por conveniência, optar pelo cadastro positivo, onde o consumidor informa seus compromissos financeiros para o Serasa Experian para melhorar a precisão de contas pagas em dia, seu score tende a aumentar. O ideal é que o consumidor trate o seu score da mesma forma que seu currículo, onde os últimos cargos ocupados pelo profissional pesam na avaliação do empregador. Lembrando que, quanto mais tempo o consumidor estiver sem negativação e contas atrasadas, melhor sua pontuação.


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