Foto: Renan Mattos (Diário)Foi a primeira ação de vacinação de pessoas com comorbidades
Ocorreu, nesta quinta-feira, a primeira ação de imunização de pessoas com comorbidades em Santa Maria. As vacinas estiveram disponíveis em dois pontos da cidade e a procura foi considerada alta pelos organizadores. Por conta da necessidade de comprovação das doenças, a logística dentro dos locais de vacinação passou por alterações, mas a ação transcorreu de forma tranquila pela manhã.
Puderam se vacinar pessoas de 50 a 59 anos em Santa Maria. Desta vez, recebem a vacina pessoas que se enquadram em casos de obesidade mórbida (IMC maior que 40), diabetes, cirrose hepática, anemia falciforme e imunossupressão (transplantados de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas vivendo com HIV/Aids, doenças reumáticas, demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses, neoplasias hematológicas).
Ao todo, 1.844 primeiras doses foram aplicadas. A segunda dose está prevista para 5 de agosto. A vacinação de pessoas com comorbidades segue nesta sexta e sábado para outros grupos (veja abaixo).
Primeira dose em pessoas com Síndrome de Down será aplicada nesta sexta-feira
No Clube Dores, mil doses foram disponibilizadas para pedestres. Logo na entrada do ginásio, onde são disponibilizadas cadeiras para espera, duas profissionais da prefeitura verificavam a documentação para garantir que tudo estivesse em ordem e que a pessoa poderia receber o imunizante. Em função disso, uma pequena fila, de cerca de 20 pessoas, formou-se na parte de fora do ginásio. Na primeira hora de vacina, ao menos quatro pessoas não puderam receber a vacina por falta de documentos ou por não se enquadrar no grupo prioritário. Uma idosa, de 60 anos, que afirma ter diabetes, não trouxe um documento comprovatório e teve que retornar para casa. Outro homem, que sofre de convulsões e epilepsia, chegou a questionar os critérios para escolha dos grupos prioritários. Outro homem foi até o local com o objetivo de receber a 2ª dose atrasada da CoronaVac, o que ainda não tem data para acontecer.
Foto: Renan Mattos (Diário)Organização de espera no Clube Dores
No geral, a avaliação dos vacinados foi positiva. A aposentada Jandira Maria de Oliveira, de 58 anos, não conseguiu dormir à noite por conta da ansiedade e chegou às 4h no Clube Dores. Ela pegou a ficha número 31 e foi vacinada ainda antes das 8h, horário previsto para início da vacinação. O aposentado João Batista Porcella Vieira, de 57 anos, também recebeu a vacina antes das 8h:
– Cheguei às 5h e trouxe os documentos necessários. Achei bem organizado, as cadeiras estavam bem separadas – avalia.
Especialistas criticam pesquisa do Ministério da Saúde sobre prevalência do coronavírus
Além da conferência dos documentos na entrada do ginásio, 13 pessoas realizavam o cadastro antes da vacinação. Um servidor chamava o número das fichas em um alto-falante e direcionava as pessoas para o cadastro. O processo demorava, em média, três minutos.
– Está sendo uma grata surpresa, pois a maioria das pessoas já vem com a declaração preenchida. São poucos os que confudiram o dia, ou alegando que as patologias que elas têm não estão descritas nos grupos prioritários – disse a secretária adjunta de Saúde Ana Paula Seerig.
Foto: Renan Mattos (Diário)Vacinação no Shopping Praça Nova foi no formato drive-thru
No Shopping Praça Nova, outro local de vacinação, 260 pessoas haviam sido vacinadas até as 9h, conforme a prefeitura. Ao todo, nos dois locais, 20 servidores da Secretaria de Saúde realizaram a triagem dos documentos.
Butantan deve entregar mais 1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde
Quem não conseguiu receber a vacina nesta quinta-feira, mas se encaixa no grupo prioritário, poderá se imunizar em ações futuras, como garante o secretário de Saúde Guilherme Ribas:
– Vai funcionar da mesma forma como foi com os idosos. É cumulativo. Nós vamos dividir as ações, devido à questão do volume de pessoas. Quando baixarmos a idade, acumulam também essas pessoas que não puderam se vacinar agora.
O QUE LEVARPara garantir a dose, as pessoas que enquadram no grupo precisam comprovar a doença. Também é preciso preencher a declaração (em anexo aqui) e levar documento comprobatório da condição, que pode ser receita de medicações específicas (na lista abaixo), laudo de exame ou outro documento comprobatório, que pode ser um atestado com o número da Classificação Internacional de Doenças. O laudo ou a receita podem ser de até três anos.
Tanto a declaração quanto a receita precisam ser entregues em duas vias. Veja, abaixo, a situação de cada doença e quais medicações é necessário comprovar uso.
AS DOENÇAS
Diabetes mellitus (qualquer tipo de diabetes)Receita de até três anos de Metformina (Glifage) ou Insulina ou Glibenclamida
Doença pulmonar obstrutiva crônica Receita de até três anos de uma das seguintes medicações: Formoterol ou Salmenterol ou Budesonida
Asma grave com uso de medicamento contínuo e corticóide via oral recorrente (prednisona) ou história de internação (permanência no hospital devido à asma ou necessidade de UTI devido à asma conforme receitas ou espirometriaEspirometria com laudo de doença obstrutiva moderada ou grave ou receitas de medicamentos comprovando uso de corticoide oral ou laudo médico
Fibrose pulmonar – conforme espirometria em anexo (sem prazo de validade)Espirometria apresenta laudo com padrão restritivo
Hipertensão Arterial e utilizo mais de três medicamentos para controle da pressãoA pessoa deve estar recebendo um medicamento de cada grupo (no mínimo 3 grupos):
Grupo 1: Captopril, Enalapril, entre outros
Grupo 2: Propranolol, Atenolol, Metroprolol
Grupo 3: Anlodipino
Grupo 4: Losartana
Grupo 5: Hidroclorotiazida, Moduretic, Clortalidona
Insuficiência cardíaca ou o médico disse que apresenta o coração grande e necessito tomar os medicamentos na receita em anexo:
Grupo 1: Captopril, Enalapril, entre outros
Grupo 2: Propranolol, Atenolol, Metroprolol
Grupo 3: Anlodipino
Grupo 4: Losartana
Grupo 5: Hidroclorotiazida, Moduretic,
Clortalidona
Grupo 6: Furosemida (Lasix), Espironolactona
Cardiopatias e utiliza um dos seguintes medicamentos:Amiodarona, Espironolactona, Varfarin/Xarelto
Valvopatias ou recebi indicação de cirurgia ou já realizei cirurgia para trocar a valva cardíacaQualquer documento comprobatório
Realizei transplante de órgão ou medula conforme documento declaratórioDocumento que comprove o transplante em qualquer momento – sem data de validade
HIV/Aids
As pessoas que vivem com HIV em Santa Maria poderão comprovar a comorbidade para receber a vacina levando alguma das comprovações a seguir: atestado médico, receita médica (que comprova o uso continuado do medicamento antirretroviral), cópia do exame de carga viral, ou, ainda, uma guia de encaminhamento disponibilizada pelos locais de referência em assistência a esses pacientes em Santa Maria (Casa Treze ou Husm). Nessa guia, não há informações da patologia que a pessoa tem, mas garante que ela está apta a receber a imunização.
A Casa Treze de Maio, que é referência no atendimento de pacientes que vivem com HIV/Aids, está disponibilizando uma guia de encaminhamento, que deverá já ser apresentada no momento do cadastro. Para mais dúvidas, entrar em contato com a Casa Treze: telefone (55) 3921-1263 ou e-mail: casatreze364@gmail.com
Doença reumatológica ou do sistema imune e necessito de medicamento imunossupressor contínuo conforme receitaReceita de até 6 meses de Ciclofosfamida ou Prednisona (mínimo de 10mg por dia)
Tive câncer e realizei quimioterapia ou radioterapia nos últimos seis meses (após outubro de 2020)Laudo de diagnóstico ou marcação de quimioterapia ou radio terapia com data após outubro de 2020
Doença renal crônica
Vacinação ocorre na Clínica Renal conforme organização do local e contato com os pacientes
Doença cerebrovascular – tive um acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágicoLaudo ou documento – por exemplo alta hospitalar – com descrição de AVC, AIT, Demência vascular. Laudo ou documento sem validade
Obesidade mórbida com peso e altura conforme IMC superior a 40Declaração de próprio punho anexa com peso e altura
Cirrose hepáticaEcografia (US) com laudo de provável cirrose ou endoscopia com varizes esofágicas
Infarto Agudo do Miocárdio ou possuo angina e utilizo medicações de uso contínuoReceita de medicamentos em uso: clopidogrel, varfarina, nitrato, isordil ou documento que comprove história prévia de infarto ou angina
Fibrose císticaDocumento que comprove a condição – sem data de validade (exame, laudo, atestado)
Síndrome de DownDocumento que comprove a condição – sem data de validade (exame, laudo, atestado)
Anemia falciformeDocumento que comprove a condição – sem data de validade (exame, laudo, atestado)
Pessoas com comorbidades (entre 50 e 59 anos)
SÁBADO, DAS 8H AO MEIO-DIA
LocaisClube Dores (para pedestres) – 1.000 dosesShopping Praça Nova (para pessoas em veículos) – 1.000 doses
Subgrupos – Pneumopatias crônicas graves (doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave), hipertensão arterial resistente, doenças cardiovasculares e doença cerebrovascular
Pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC)
De 54 a 59 anos
Após levantamento das regiões de moradia, conforme cadastro junto à Secretaria de Desenvolvimento Social, será agendada data para a vacinação
TIRA-DÚVIDAS
Telefone: (55) 3025-9724, (55) 3025-9727 e (55) 3025-9750
WhatsApp: (55) 9 99417717 e (55) 9 9608-9860
Chat online
HORÁRIOS DE ATENDIMENTO
Terça-feira – 8h às 12h
Quarta-feira – 8h às 12h
Quinta-feira – 8h às 18h
Sexta-feira – 8h às 18h