Operação

Veículos são retirados da ponte e do rio em Jaguari

Naiôn Curcino e Mariana Fontana

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Cinco horas de operação, 15 militares, 10 bombeiros, seis policiais militares e quatro guinchos. Foi necessário todo esse aparato para que, de forma segura, a carreta que ficou pendurada após a queda de parte da Ponte Júlio de Castilhos, em Jaguari, fosse retirada sem que prejudicasse o veículo e nem o restante da estrutura. A operação foi coordenada e executada pelo 9º Batalhão Logístico (9º BLog), de Santiago. A parte da carreta que não caiu no dia do acidente foi a primeira a ser retirada. O carro e a outra parte da caçamba que caíram no rio foram retirados mais tarde, pelos proprietários. O Exército auxiliou na retirada por conta do risco de desabamento da estrutura.

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Mesmo antes da chegada dos militares, havia bastante gente nos dois lados da ponte. A operação estava marcada para começar às 8h30min. Em um primeiro momento, cogitou-se puxar a carreta com as 25 toneladas de soja restantes em uma das caçambas. Um militar ficaria monitorando um dos pilares da ponte, caso ele se movimentasse, a carga teria de ser despejada.

O proprietário da carreta, antes mesmo do início do trabalho, preferiu que a carga fosse descartada para que não houvesse nenhum risco. A partir disso, um guincho foi ancorado ao outro e em árvores. Seis bombeiros, com equipamentos de segurança foram até a caçamba e liberaram um compartimento para que a carga saísse. Depois, a carreta começou a ser puxada por um dos guinchos.

— Ancoramos os guinchos, depois ancoramos a carreta, que estava inclinada, e, em seguida, fizemos a manobra de força. Primeiro, preservamos os militares, as pessoas que trabalharam. Depois, procuramos preservar o patrimônio público, para que o resto da ponte não caísse e, por último, o patrimônio privado, que era o caminhão — explica o tenente-coronel Gabriel Baracho de Souza, do 9º BLog.

Conforme o prefeito de Jaguari, João Mário Cristofari (PMDB), a Fundação Estadual de Preservação Ambiental (Fepam) liberou que a soja fosse jogada no rio, já que se trata de um produto orgânico e não oferece risco de contaminação. Segundo Cristofari, nos próximos dias, um laudo sobre a situação da ponte deverá ser feito para ser anexado ao decreto de emergência para que seja homologado. Peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram no local nesta quarta-feira e fizeram levantamentos para apurar as causas da queda.

Os prejuízos

Passado o susto, o proprietário da carreta, o agricultor Elenilton Della Flora Wesz, 43 anos, lamenta as perdas que teve. As 51 toneladas de soja perdidas estavam avaliadas em R$ 60 mil. Por outro lado, ele comemora que o veículo foi recuperado e, principalmente, que o amigo segue vivo:

— Não tinha seguro da carga, e a perda é total. Também não tinha seguro dos reboques. Mas a primeira coisa é a vida, que é irrecuperável, é um prejuízo incalculável. O resto, pode ir. Só "

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