
Foto: Pedro Piegas
O juiz Orlando Faccini Neto vinha sofrendo críticas por conta da maneira como conduziu o processo em 2021
Após o adiamento do julgamento do recurso especial do Caso Kiss no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tarde da terça-feira (14), o juiz Orlando Faccini Neto, responsável pela condução do julgamento dos quatro réus, em dezembro de 2021, fez um desabafo nas redes sociais.
A manifestação foi feita depois do voto do ministro Rogerio Schietti Cruz, que foi favorável ao recurso especial, ou seja, afastando as nulidades alegadas pelas defesas dos réus, restabelecendo, assim, a decisão de condenação e a sentença de prisão do júri de dezembro de 2021.
Na época, os réus do caso, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda, e Luciano Bonilha Leão, roadie, foram condenados por homicídio com dolo eventual, com penas que variam entre 18 e 22 anos de prisão.
Confira na íntegra o que disse Faccini Neto em sua conta em rede social:
As palavras proferidas pelo grandioso Ministro Rogério Schietti, ontem, ao julgar recurso do caso da Boate Kiss, chegaram, para mim, como um alento, um estímulo para seguir trilhando o caminho. Independente de qual seja, espero que este caso encontre o seu desfecho e que o sistema de justiça criminal seja capaz de produzir uma resposta definitiva. Vamos em frente!!!
Críticas
O juiz vinha sofrendo críticas por conta da maneira como conduziu o processo em 2021. Uma das nulidades do processo, solicitada pelos advogados de defesa dos réus, seriam reuniões do magistrado com os jurados sem a presença de representantes do Ministério Público ou dos advogados de defesa.
Em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) acolheu parte dos recursos das defesas e anulou o júri que condenou os quatro réus.