
Foto: Nathália Schneider (Diário)
Vigília em 2023 marcou os 10 anos da tragédia
No próximo sábado, a tragédia na boate Kiss completa 11 anos. Em 27 de janeiro de 2013, um incêndio no local deixou 242 mortos e 636 feridos. Em alusão à data, a Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) organizou uma programação com homenagens e painéis de discussão. Segundo a entidade, o objetivo da ação é "preservar a memória daqueles que partiram e construir um futuro seguro para os que aqui ficaram".
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Como já é tradicional, na noite do dia 26 de janeiro, na próxima sexta, ocorre a vigília. O início é às 20h30min, na Praça Saldanha Marinho. A partir das 22h30min, começa a caminhada em direção ao prédio da boate, na Rua dos Andradas. Pela madrugada, às 2h30min, será feita a leitura dos nomes das vítimas.
No sábado (27), a programação segue no período da noite, em frente ao prédio onde funcionava a Boate Kiss. A abertura das atividades está prevista para às 18h e cinco painéis de discussão estão marcados.
A AVTSM também está realizando uma campanha nas redes sociais pedindo que bares, boates e restaurantes não promovam eventos com músicas ou festas nos dias 26 e 27 de janeiro. Segundo a associação, é importante que estes dias sejam de reflexão e adesão à 1ª Semana em Memória às Vítimas da Boate Kiss.
Confira a programação
Sexta-feira (26 de janeiro)
- 20h30 – Acolhimento na tenda da Vigília (Praça Saldanha Marinho, em frente ao Banrisul)
- 22h30 – Caminhada até o prédio onde funcionava a Boate Kiss, na rua dos Andradas
- 02h30 – Próximo ao horário que iniciou o incêndio, haverá a leitura dos nomes e badaladas de sinos para homenagear os 242 jovens que perderam a vida na noite de 27 de janeiro de 2013
Sábado (27 de janeiro)
- 18h30 – Abertura
- 19h – A vida impactada por uma tragédia
- Darlei Constante Pisseta (pai de Bernardo Augusto Manzke Pisetta, vítima do incêndio no Ninho do Urubu – Flamengo)
- Josiane Melo (sobrevivente e irmã de vítima do rompimento de barragem da Vale, em Brumadinho e uma das fundadoras da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho – Avabrum)
- Gabriel Rovadoschi Barros (sobrevivente da boate Kiss e presidente da AVTSM)
- 19h50 – Lei Kiss e os perigos da flexibilização
- João Vivian (Engenheiro Civil, doutorando em Engenharia de Segurança ao Incêndio e Diretor de Negociações Coletivas Adjunto no Sindicato dos Engenheiros no Estado do RS - SENGE/RS)
- Paulo Carvalho (Diretor Jurídico da AVTSM e pai de Rafael Carvalho)
- 20h25 – O incêndio na boate Kiss e suas consequências
- Ceres Victora, antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- 20h40 – A dor de perder um filho e conviver com a impunidade
- Marilia Panontin (mãe de Davi Panontin, recém-nascido vítima de negligência médica)
- Cátia Goulart (mãe do Andrei Goulart, assassinado aos 12 anos)
- Cibele Viana Costa (mãe de Isadora Viana Costa, vítima de feminicídio aos 22 anos)
- Jaqueline Malezan (mãe de Augusto Malezan de Almeida Gomes, 18 anos, vítima da boate Kiss)
- 21h50 – A vida depois da boate Kiss com relato dos sobreviventes
- Gustavo Cauduro Cadore (médico veterinário e acadêmico de medicina), Maike dos Santos (designer gráfico)
- Cristiane dos Santos Clavé (funcionária pública e acadêmica da UFSM)
- Delvani Brondani Rosso (protético)
- 22h35 – Encerramento das atividades
Com informações da AVTSM