Dia 1º

Servidores municiais, incluindo médicos, baterão ponto a partir de julho

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Em um dia marcado por paralisação de cerca de 80% dos servidores municipais em Santa Maria, conforme o sindicato da categoria, o prefeito Cezar Schirmer anunciou que, a partir de 1º de julho, todos os funcionários concursados do município terão de registrar a entrada e a saída no trabalho por meio do ponto eletrônico. 

O protesto, que ocorreu na terça-feira, era contra a proposta, que segue em análise pelo Executivo, de reduzir pela metade a carga horária dos médicos que atuam nos postos de saúde, mantendo os salários. Nos bastidores do serviço público municipal, circula a informação de que a proposta visa evitar a demissão em massa dos médicos, a partir da exigência do registro do ponto.

Foto: Manuela Balzan / Agencia RBS

As máquinas para registro do ponto já estão instaladas na maioria dos locais de trabalho dos servidores, e a colocação dos pontos deve estar terminada até o fim deste mês em todas as escolas, unidades de saúde e setores administrativos. A medida é uma resposta à exigência do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado de que todos os funcionários públicos sejam fiscalizados quanto ao cumprimento da carga horária. No Centro Administrativo, entre outros locais, o controle já é feito.

Servidores decidem parar em reação a projeto da prefeitura que reduz jornada de médicos

O protesto começou pela manhã, na Praça Saldanha Marinho. À tarde, cerca de 400 manifestantes, conforme o sindicato, caminharam juntos até a Câmara de Vereadores, onde a categoria ocupou a Tribuna Livre, na tentativa de barrar a aprovação da mudança na carga horária dos médicos, caso a proposta vire um projeto de lei. O sindicato chegou a se reunir com o prefeito, segundo o presidente da entidade, Renato Costa.

– Se, em oito anos, a prefeitura não conseguiu negociar conosco, não será agora que vamos deixar passar um projeto desses, que vai prejudicar a maioria e favorecer poucos servidores – afirmou Costa.

A paralisação dos funcionários públicos municipais afetou serviços de saúde, como a vacinação. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Oneyde de Carvalho, no bairro Lorenzi, a adesão foi total, e o atendimento ao público foi suspenso. Em outras três unidades visitadas pela reportagem do Diário – Itararé, Joy Bets (bairro Perpétuo Socorro) e Kennedy – servidores da enfermagem e da recepção aderiram à paralisação, mas os médicos estariam atendendo normalmente. Nos postos Waldir Mozzaquatro (Vila Schirmer) e Maringá, o atendimento ocorreria normalmente.

– O pessoal está protestando sem ter razão, por antecipação. (A proposta de reduzir a carga horária dos médicos) é uma ideia entre tantas outras – disse o prefeito.

Para sindicato, proposta legaliza prática irregular

De acordo com o sindicato, a proposta da secretaria é uma forma de a prefeitura ¿regulamentar¿ uma prática que já é adotada pelos médicos nas unidades de saúde, de atender um número fixo de fichas (em geral, 10) e ir embora, não cumprindo a carga horária para a qual prestou concurso público, que é "

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