Eduardo Ramos
A 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE) promoveu, na última terça-feira (19), o Seminário Regional do Ensino Médio Gaúcho. O evento, que ocorreu em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, no Avenida Tênis Clube, em Santa Maria, tinha por objetivo promover uma discussão sobre a política pública de implementação do Novo Ensino Médio. Representantes de cerca de 500 escolas estiveram presentes.
– É uma nova metodologia de educação, com um novo formato e com uma nova arquitetura de matriz curricular que busca o protagonismo do aluno. Aborda, também, as questões do mercado de trabalho, fazendo uma ressignificação desse processo – explicou o titular da 8ª CRE, José Luis Viera Eggres.
Com a participação das coordenadorias regionais de Santa Maria, Cruz Alta, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul e Estrela, o encontro trouxe a experiência de 10 escolas piloto que já vinham implementando o novo modelo. Elas apresentaram como foi o processo de implementação e os projetos feitos pelos alunos.
– Essa troca de experiência é importante para fortalecer a caminhada que estamos fazendo no Ensino Médio gaúcho – disse Eggers.
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Para a diretora pedagógica da Secretaria Estadual de Educação, Letícia Grigoletto, o evento serviu para colocar em evidência o protagonismo dos estudantes das escolas piloto. O Estado possui 264 escolas que já implementaram o novo modelo e, para a diretora, a resposta tem sido positiva.
– Essas ações junto aos professores e aos estudantes são fundamentais para que ocorra o compartilhamento do que já foi feito. São importantes, também, para mostrar qual é a relevância dessa mudança e quais são as responsabilidades de cada um na implementação do que é para ser uma melhoria na vida dos nossos jovens – afirmou Letícia.
O novo Ensino Médio
A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a modalidade amplia o tempo mínimo do estudante na escola, de 800 horas para mil horas anuais, além de oferecer uma nova organização curricular e diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
A visão dos estudantes
O aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Pedro Nunes de Oliveira, de Pantano Grande, Lucas Panatieri, não teve uma boa experiência com a implementação. Para ele, o modelo foi instituído de maneira apressada.
– Para mim, o Novo Ensino Médio não foi bom, pois foram tiradas matérias que a gente precisa para poder cursar uma faculdade e passar no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Por exemplo, não temos mais estudos de física, biologia e filosofia. Eu acho que a implementação deveria ter sido de forma mais gradual – avaliou.
Já para Felipe de Oliveira, aluno do 2º ano da Escola General Osório de Ibirubá, a nova forma de ensino foi muito bem aceita, e a experiência tem sido proveitosa:
– Todos se adaptaram bem e tinham vontade de participar dos projetos propostos. Tem sido uma boa experiência.
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