Ainda faltam 15 dias para o mês terminar, e o número de pessoas assassinadas em Santa Maria já é o mesmo de todo o março de 2015. Até agora, 10 pessoas perderam a vida em homicídios. Uma a menos em relação ao mesmo período do ano passado em 2015, foi registrado o recorde de assassinatos na cidade: 56. A média é de uma pessoa assassinada a cada 7,6 dias. A vítima mais recente foi André Renato Martins de Souza, 38 anos. Ele foi morto com pelo menos oito tiros na casa onde morava, no bairro Nova Santa Marta.
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As estatísticas encostaram nos índices do ano passado, principalmente pelos quatro assassinatos nos últimos seis dias. Se seguir no ritmo de praticamente um homicídio por semana, quando março terminar, o período pode encerrar com os mesmos 13 assassinados do ano passado.
Investigações
Dos 10 casos de assassinatos de 2016, quatro deles já foram finalizados, ou seja, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário com o suspeito indiciado pelo crime. Dos seis assassinatos restantes, cinco deles estão a cargo da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DHD), que começou a funcionar no dia 23 de fevereiro. Um deles ainda é investigado pela 2ª DP, da Região Oeste, já que quando ocorreu esse crime, a delegacia especializada ainda não existia.
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O primeiro caso investigado pela Homicídios aconteceu no dia 4 de março. Ninguém ainda foi preso, mas o delegado Gabriel Zanella, titular da DHD, garante que as investigações estão bem encaminhadas e com a maioria dos suspeitos pelos crimes identificados. No entanto, ele evita divulgar qualquer informação sobre os casos, já que poderia atrapalhar as investigações, seja com a destruição de provas ou até mesmo a fuga de suspeitos.
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Na maioria deles (últimos cinco assassinatos), já temos as autorias apuradas, mas ainda é preciso termos uma certa cautela. Todas as investigações estão bem encaminhadas, mas trabalhamos em sigilos porque elas são muito complexas. Temos trabalhado direto na madrugada, indo de imediato a todos os locais de crime para apurar autoria e materialidade diz o delegado.
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Zanella afirma que trabalhará com os prazos previstos em lei, de 30 dias para inquéritos em que o suspeito está solto e de 10 dias para casos em que o autor foi preso em flagrante. Sobre os últimos crimes, o delegado relata que a maioria, sem informar o número, foi cometida por conta de rixas.