Operação Medicaro

Saiba quais são as farmácias e distribuidoras de materiais hospitalares de Santa Maria que estão sob investigação

Lizie Antonello

"

Desde que teve início a investigação que culminou na primeira etapa da Operação Medicaro, em maio de 2014, e nas fases seguintes, em março deste ano e há cinco dias, a lista de farmácias investigadas é mantida em sigilo. Nem a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que fez a denúncia inicial, nem a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), que passaram a investigar o caso, divulgam os nomes dos estabelecimentos.

Mas o "Diário" teve acesso à lista e traz as 15 empresas - farmácias e distribuidoras de materiais hospitalares - que fariam parte dos cinco grupos de estabelecimentos investigados. As empresas são suspeitas de participarem de um suposto esquema que fraudaria processos judiciais para obtenção de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas empresas existem fisicamente e permanecem funcionando com o mesmo nome ou com outro, outras estão inativas.

Leia todas as notícias publicadas sobre a Operação Medicaro

As primeiras suspeitas sobre a atuação dos grupos surgiram quando a PGE percebeu que os nomes dos estabelecimentos que forneciam os orçamentos apresentados nos processos judiciais se repetiam com frequência.
- Temos um volume de processos muito grande, então, era muito estranho que, de tantas farmácias que temos na cidade, sempre as mesmas, e de localização não próxima, apresentassem orçamentos - disse o procurador Rafael Barros Melgaço da Silva sobre o início das investigações.

PF apreende material em projeto social de vereador de Santa Maria

Três desses estabelecimentos são citados como investigados pelo procurador em um processo judicial. Na ação, uma pessoa pedia o bloqueio de valores do Estado para a compra de medicamento que não estava sendo fornecido pela 4 Coordenadoria Regional de Saúde (4 CRS). No documento, de 2 de abril deste ano, o procurador pede que a Justiça reconsidere o bloqueio porque "recaem algumas fundadas dúvidas" sobre os três orçamentos anexados na ação. Entre eles, Barros cita a Farma in Service (atual Farma Service) como "estabelecimento que foi objeto de denúncia da PGE para o MPF em 2013 sobre possível fornecimento de outros orçamentos (CB Farma e Catedral)."

PF deflagra 3ª fase da Operação Medicaro

A Farma Service (localizada na Rua Samuel Kruschim, no bairro Noal), a CB Farma e a Farmácia Catedral (ambas no mesmo endereço, na Avenida Rio Branco, no Centro) pertencem a um mesmo grupo familiar e estão na lista obtida pelo "Diário".
- Essas farmácias repetiam os orçamentos, algumas até os sócios. Aquela que está no processo (Farma in Service) é uma delas, que sempre aparecia junto com outras duas (CB Farma e Farmácia Catedral). Depois, apuramos que elas eram do mesmo dono. Daí, a PGE encaminhou as informações para os órgãos competentes apurarem - disse o procurador.

As investigações da Operação Medicaro identificaram cinco grupos de empresas. Cada grupo seria formado por dois a três estabelecimentos que atuariam conjuntamente fornecendo orçamentos superfaturados. Em reportagem publicada na edição de 18 e 19 de abril, o "Diário" mostrou um despacho judicial que trazia o nome de outro grupo de farmácias investigado na operação e que também está na lista: Pharmaxxi, Drogaria M&N e Comercial Neubauer (as últimas duas não existem fisicamente, apenas estavam com CNPJ"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

UFSM abre edital com seis vagas para professor substituto

Próximo

Homem tem malote com R$ 20 mil roubado em Santa Maria

Geral