Formigueiro

Quatro pessoas responderão por irregularidades em asilo de Formigueiro

Naiôn Curcino

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A dona do Lar Recanto do Idoso em Formigueiro, Mara Beatriz Scherer da Silveira, a mãe dela, Osmarina Scherer da Silveira, que é ex-administradora do local, o advogado delas, Bento Martins, e o tabelião da cidade Carlos Augusto Schorn terão 10 dias, a contar da última quarta-feira, para responder a denúncia do Ministério Público de São Sepé, que os acusa de maus-tratos a idosos. A denúncia foi aceita pelo juiz da Vara Judicial da Comarca de São Sepé, Thiago Tristão Lima. Os quatro poderão apresentar documentos, justificativas e testemunhas.

Os quatro foram denunciados por expor a perigo a integridade física e psíquica dos internos e reter cartões de benefícios. Além disso, conforme o juiz, foram detectados 45 fatos ilícitos, com sete penalidades criminais, após vistoria realizada pelo promotor de Justiça Roberto Carmai Duarte Alvim Júnior em 21 de outubro do ano passado.

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O Lar está impedido judicialmente de receber novos pacientes, com pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. O afastamento dos 38 idosos e a interdição foram negados pelo Tribunal de Justiça porque o asilo tem alvará de licença e não há indicação de outro local adequado para receber todos os idosos de modo que fique preservado o contato com os familiares. Os cartões retidos com Mara e Osmarina devem ser entregues aos responsáveis pelos idosos.

O advogado Bento Martins, que faz a defesa de mãe e filha, diz que elas não foram notificadas. Sobre a denúncia de maus-tratos, afirma que não há nada demonstrado no inquérito policial. Sobre a retenção dos cartões de benefícios, Bento diz que eram entregues com termos de compromissos dos familiares, como forma de pagamento pela hospedagem.

Denunciado por ter uma procuração em seu nome, o advogado se defende:

– Nunca tomei conhecimento de nenhuma procuração. Sei que foi encontrada no asilo, nas pasta de algum desses hóspedes, e não em meu escritório. A proprietária tinha feito a procuração sem o meu conhecimento para eu defender um hóspede que nem conheço. Não tenho absolutamente nada, não pratiquei ato processo nenhum com essa procuração – explica.

O 'Diário' tentou contato com o advogado do tabelião Carlos Augusto Schorn, mas ele não atendeu às ligações.

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