A manhã desta sexta-feira foi marcada por pedidos de justiça pelo adolescente morto na entrada da Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Marta, no dia 10 de abril deste ano. Familiares, amigos e colegas se reuniram em frente ao Colégio Marista Santa Marta no dia em que a morte de Gabriel Silveira, de 14 anos, completa sete meses.
– Eu sinto como se não houvesse justiça, como se as pessoas pudessem matar e não acontecesse nada – lamenta Juliana Silveira Machado, mãe do adolescente.
Mais de 20 pessoas com camisetas com a foto de Gabriel e cartazes que expressavam a indignação com o andamento do processo na Justiça percorreram ruas do Bairro Nova Santa Marta. Eles pedem que Michel Flores Reichow, acusado pelo assassinato, responda pelo crime em regime fechado.
Sete dias após o homicídio, Reichow se apresentou na delegacia e foi preso preventivamente e foi levado à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), onde ficou recolhido até o dia 28 de agosto, quando foi teve o benefício da liberdade provisória após a primeira e única audiência do caso.
O processo está agora na fase final e cabe ao juiz decidir se o réu vai ou não a júri popular.
O CRIME
O assassinato aconteceu por volta das 13h30min do dia 10 de abril, na Avenida Secundária, Bairro Nova Santa Marta, em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Marta. Gabriel foi ferido a facadas, socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Pronto-Atendimento (PA) do bairro Patronato, mas não resistiu aos ferimentos.
A direção da escola confirma que o adolescente estava matriculado na instituição e complementou dizendo que era o primeiro ano dele. O suspeito de ter cometido o crime não era aluno do colégio, mas teria um relacionamento com uma das alunas.
Em depoimento, a menina disse que uma rixa entre Gabriel e o namorado dela havia sido o verdadeiro motivo do assassinato.
Esse foi o 19º homicídio registrado neste ano em Santa Maria.