Iplan

Projetos dentro e fora da gaveta: o Centro revitalizado até a Praça Saturnino de Brito

18.404

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário) 

Qual a importância de pensar o futuro de Santa Maria? A pergunta retórica veio no dia 1º de janeiro de 2006, quando o então prefeito Valdeci Oliveira (PT) criou o Escritório da Cidade. Segundo o texto da lei municipal, ele tinha "como principal objetivo assegurar a qualidade de vida, a justiça social e o desenvolvimento das atividades econômicas, sempre observando as exigências fundamentais de ordenação e sustentabilidade da cidade".

A incumbência da autarquia era realizar o planejamento urbano a médio e longo prazo, com a elaboração de projetos completos, que iam desde os estudos técnicos até a realização de licitações. A demanda crescente de trabalho em concomitância com a falta de tempo para implementar projetos mais complexos, a longo prazo, fez com que uma reforma administrativa, em 2013, mudasse a organização do Escritório da Cidade. Nasceu, assim, o Instituto do Planejamento de Santa Maria (Iplan).

- Na época, talvez por sermos responsáveis por todas as ações, a gente brinca que era muito "fazejamento" e pouco "planejamento". Com a reforma administrativa, o foco principal foi no planejar - afirma o diretor do Iplan, Daniel Preyron, que está à frente da autarquia desde julho de 2018 e defende a necessidade de pensar a cidade de forma técnica, sustentável e em longo prazo para uma melhor qualidade de vida aos munícipes.

Ao longo da semana, o Diário aborda quatro projetos realizados pela autarquia. A seguir, confira o projeto de revitalização do centro da cidade. 

Calçadão, Bozano e Saturnino repaginados 

Em uma necessidade apontada durante estudo para o novo Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PMDU) de Santa Maria, em 2015, foi mostrado que a área central da cidade deveria contar com uma maior área para a circulação de pessoas. A primeira solução encontrada pela prefeitura foi um projeto para aumentar a largura da calçada da Rua Doutor Bozano, entre a Floriano Peixoto e Serafim Valandro. Quatro anos depois, em 2019, a proposta foi executada parcialmente.

Á época, a prefeitura optou por instalar floreiras e pintar as duas partes laterais da rua, proibindo, assim, o estacionamento de veículos em toda a extensão da revitalização. Um concurso aberto à população foi lançado para que o Executivo pudesse escolher um projeto para colocar em prática. Em pouco dias, sem onerar os cofres públicos, já que o material foi uma doação da iniciativa privada, o projeto, denominado Re.Viva Bozano foi implementado.

Projetos dentro e fora da gaveta: o transporte rápido que (até agora) não saiu do papel

Na mesma velocidade que saiu do papel, ele foi descontinuado, sobrando apenas um parklet, patrocinado por uma loja do local. Comerciantes reclamaram que o movimento caiu cerca de 60% durante a proibição do estacionamento, que não durou nem um mês. Além da reclamação de baixa nas vendas, o aspecto estético da intervenção foi questionado pela população.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ewerton Falk, afirma que não abandonou o projeto. Ele ressalta que as atenções do Executivo estão voltadas, primeiro, à reforma do Calçadão Salvador Isaia, prevista para acabar até setembro deste ano. A reforma está orçada em R$ 2 milhões e é uma contrapartida ao município por parte de duas empreiteiras, sem a verba sair diretamente dos cofres municipais.

Depois do Calçadão, a ideia é iniciar novamente as discussões para colocar o projeto em prática.

- Naquele momento em tínhamos como meta alargar a calçada para melhor ocupação dos pedestres e dinamizar aquele ponto da cidade, a execução não foi tão boa. Queremos discutir com a comunidade, de forma mais ampliada, uma obra qualificada no local, obviamente aprendendo com aquela operação. Continuo acreditando que a cidade precisa ser pensada para as pessoas - defende Falk.

Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V

BENEFÍCIO AO PEDESTRE 

O diretor do Iplan, Daniel Pereyron, afirma que o projeto piloto fez parte de ações a serem realizadas em todo o centro da cidade, chegando até a Praça Saturnino de Brito. O local foi alvo, inclusive, de uma outra iniciativa do instituto para ideias inovadoras, denominado Living Lab.

- No projeto, um pouco mais estudado, do novo calçadão, e da segunda e terceira quadra da Bozano, temos um conceito de rua compartilhada, em que o pedestre é o protagonista do espaço. O carro circula no mesmo nível do pedestre, em uma velocidade muito menor, até chegar a Praça Saturnino de Brito - explica.

A praça, um dos pontos centrais relacionado a problemas segurança pública, seria totalmente revitalizada, servindo como laboratório de testes de novos tipos de iluminação, além de beneficiar os feirantes locais, que tradicionalmente ocupam o espaço.

- É uma proposta de instalação dos modelos onde, hoje, funciona a feira livre. Então, o feirante não ficaria mais sobre o passeio, com módulo que abrigue melhor os feirantes. A gente vê que eles estão muito vulneráveis as intempéries (do tempo). Além disso, seria um espaço para inovação tecnológica - diz Pereyron.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

VÍDEO: Feira do Peixe começa nesta segunda-feira em 11 locais de Santa Maria Anterior

VÍDEO: Feira do Peixe começa nesta segunda-feira em 11 locais de Santa Maria

Próximo

Conheça o projeto do transporte rápido que (até agora) não saiu do papel

Geral