cidadania

Projeto de judô ajuda crianças e jovens a ter disciplina e a projetar um futuro

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Judoca há 13 anos, Castronovo ensina o esporte a crianças e adolescentes no Centro Comunitário Estação dos Ventos

O estudante Gabriel Barcelos, 12 anos sempre gostou de assistir aos duelos dos melhores judocas do mundo pela televisão. Mas, para o estudante de Santa Maria, não havia possibilidade de realizar o sonho de, um dia, praticar judô. Até que o Centro Comunitário Estação dos Ventos passou a oferecer, gratuitamente, oficinas do esporte. As aulas são ministradas pelo judoca Victor Heitor Marques Castronovo, 20 anos.

Com a iniciativa, Gabriel pôde, enfim, entrar de cabeça e coração no mundo do esporte e projetar um futuro.

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- Frequento a Estação desde pequeno, e sempre sonhava em ser judoca. Tenho o sonho de, um dia, entrar para a Seleção Brasileira - conta Gabriel.

AMOR PELO TRABALHO
Nas oficinas da Estação, Castronovo orienta as crianças no esporte. O tutor, pupilo da professora Aglaia Pavani, do Projeto Mãos Dadas, ofereceu a ideia à coordenação e, logo, teve a oportunidade de dar as aulas. Há um ano desde o primeiro treino, que tem, em média, 15 alunos por sessão, o judoca reconhece que o trabalho é bem feito e realizado com amor. 

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- A cada aula de judô, ensinamos disciplina e evitamos que os alunos passem tempo nas ruas. Eles gostam bastante dos treinos. Quem sabe, um desses garotos pode alcançar a Seleção Brasileira? - sonha o técnico.

RESGATE PESSOAL
Ao longo dos 13 anos dedicados aojudô, o professor diz ter tido inúmeras oportunidades de testemunhar o bem que o esporte pode fazer às pessoas:  

- Conheci o judô em um dos momentos mais difíceis que enfrentei em minha vida. Eu era um pouco rebelde. O contato com o esporte e a participação no Projeto Mãos Dadas me ajudaram a entrar na linha de novo.

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Castronovo destaca, ainda, a contribuição que o judô dá ao rendimento escolar e ao senso de responsabilidade dos participantes.

Experiente, o treinador se preocupa em aquecer os alunos antes de ensinar novos movimentos. Os 15 primeiros minutos da aula, que tem, ao todo, uma hora de duração, são dedicados ao aquecimento, com flexões e abdominais. Os alunos, todos de 12 a 16 anos, correm sobre um tatame improvisado, conforme orientações do instrutor.

INICIATIVA APROVADA
Coordenadora e fundadora da Estação dos Ventos, Fabiana Pereira Ribeiro diz que o sucesso da oficina semanal só não foi mais rápido do que a maneira com que Castronovo apareceu na instituição. 

OPINIÃO: Preconceitos necessários

- O irmão dele frequenta a Estação dos Ventos. Por conhecer o trabalho, ele se dispôs a dar as aulas aqui com a gente. Os alunos adoram os treinos. No Natal, pediram quimonos (roupas especiais para a prática desportiva), que foram doados por padrinhos e por academias da cidade - diz Fabiana.

Segundo a coordenadora, a instituição aceita doações de tatames, quimonos e contribuições em dinheiro. A ajuda também pode ser oferecida por meio do apadrinhamento. As oficinas de judô são realizadas às quartas-feiras, às 15h, na sede da Estação dos Ventos, (Rua Luiz Castagna, s/nº, Bairro Km 3). Para ajudar a ONG nas aulas de judô, basta entrar em contato com Fabiana pelo telefone (55) 99190-0572.

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
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JOVENS PUPILOS 
Membros da comunidade do Bairro Km 3, os discípulos de Victor Castronovo se dedicam intensamente ao treinamento, realizado uma vez por semana. Confira, abaixo, o que disseram alguns dos judocas em ascensão. 

- Meu amigo me apresentou (o judô). No início, eu não queria participar. Mas, no fim, eu gostei muito e estou aqui até hoje - diz Victor Rodinei, 11 anos.

- Estou na Estação desde pequeno. Para mim, essa oficina é a melhor de todas - comemora Brendo Marchiore, 11 anos .

- O projeto é muito bom. É muito importante termos a presença das garotas. É o nosso poder feminino - afirma Kauane Machado, 15 anos.

- Quero ser profissional e disputar as Olimpíadas. Se fizermos os movimentos certos, não sentimos dores e aprendemos a praticar o judô - diz Kauã Santos Santos, 13 anos. 

Colaborou Lorenzo Seixas

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