Projeto da UFSM promove a escrita de cartas entre alunos e jovens privados de liberdade

Redação do Diário

Projeto da UFSM promove a escrita de cartas entre alunos e jovens privados de liberdade
Foto: Jana Zappe (Divulgação)

O projeto de pesquisa “Escuta da palavra escrita”, vinculado ao curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), incentiva a correspondência entre universitários e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. Inicialmente, o objetivo da proposta era existir somente durante a pandemia, contudo o projeto segue acontecendo devido à boa recepção entre os jovens.

A troca de cartas são realizadas pelo grupo acadêmico Rede de Estudos e Pesquisas sobre Desenvolvimento na Infância, Adolescência e Juventude (Redijuv). O grupo instituiu a iniciativa durante a eclosão da Covid-19, com o intuito de manter contato com esses adolescentes, que além do isolamento pandêmico já enfrentavam a solidão do confinamento social.

Além de ser uma forma de escape do estresse, a escrita garantia aos jovens a comunicação com seus familiares e outras pessoas próximas, já que as cartas também eram enviadas para seus parentes, amigos e namorados.

– Mesmo para aqueles que não escreviam, receber as cartas e saber que um grupo de pessoas se importava com eles pode ter contribuído para lidarem melhor com a saudade e o distanciamento dos familiares, assunto muito presentes nas cartas escritas pelos adolescentes – comenta a mestranda da UFSM e integrante do grupo Renata da Costa.

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Como funciona

Semanalmente, os estudantes enviavam uma carta geral para todos os jovens, em que se buscava estabelecer um espaço de estímulo ao registro e à expressão dos seus sentimentos e vivências. A partir do retorno textual daqueles que aderiram ao projeto, o grupo se dividia para responder a cada carta de forma individual e, na próxima semana, enviar outros textos particulares.

Os mais diversos temas eram trabalhados, como pandemia, notícias sobre o mundo, sentimentos, músicas, poesias e sonhos, por exemplo. Os alunos iam à instituição e entregavam as cartas impressas produzidas pelo projeto e quando os adolescentes escreviam os textos de retorno, um funcionário tirava foto das cartas e as enviava virtualmente ao grupo de pesquisa.

Agora, apesar da flexibilização das medidas sanitárias, a ação continua. Isso porque a proposta agregou ao acompanhamento já feito com os adolescentes antes da pandemia.

– Enquanto tiver sentido para nós e para os adolescentes que recebem as cartas, elas vão continuar fazendo parte do projeto. A produção não é obrigatória, a intenção é fazer com que os jovens se sintam acolhidos e, caso queiram se expressar por meio da escrita, ou até mesmo por um desenho artístico, haverá esse espaço para eles – explica a coordenadora da pesquisa, Jana Gonçalves Zappe.

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*Com informações da Agência de Notícias da UFSM

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