Trânsito

Professora vítima de acidente morreu a caminho da escola

Patric Chagas

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O amor pela profissão era o que movia Rita de Cássia Maia Machado, 43 anos, a acordar cedo e deixar o conforto do lar para encarar uma viagem diária a São Pedro do Sul.

Na manhã de 28 de junho, quando se dirigia para exercer o ofício, a professora foi vítima de um acidente de trânsito. Ela estava na carona da motocicleta do marido, que colidiu contra um carro. Na quarta-feira, após oito dias internada no Hospital de Caridade, a vítima morreu. 

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Casado com Rita há três anos, Delmar Oliveira da Costa, 45, levava a esposa até o Trevo dos Quartéis, na Avenida Walter Jobim, todos os dias. Ali, Rita pegava carona com uma colega. No dia do acidente, o casal trafegava pela Rua Ernesto Beck, por volta das 6h40min, quando teve a motocicleta atingida frontalmente por um Fiat Uno. Após arrastar a moto por cerca de 200 metros, o condutor do carro fugiu sem prestar socorro às vítimas.

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 – Foi muito rápido. Não deu para pensar em fazer alguma coisa. Nós íamos descendo a rua, quando o carro cortou a nossa frente e não vi mais nada. A moto foi arrastada mais de uma quadra e está no guincho, não quero mais ver – diz Costa. 

O carro, que foi apreendido pela Brigada Militar, estava em uma oficina mecânica no mesmo bairro onde o fato ocorreu. Costa sofreu uma fratura no fêmur e foi levado para o Husm, onde passou por uma cirurgia e ficou hospitalizado durante três dias.

 Com o impacto, Rita quebrou três costelas, uma vértebra, um osso do quadril e um dos tornozelos. Após seis dias hospitalizada, precisou passar por uma cirurgia no intestino, mas Rita acabou morrendo.

 – Uma pessoa dessas tem de ser punida. Imagina atropelar duas pessoas e deixá-las atiradas no meio da rua. Agora, as gurias estão aí, sem mãe – lamenta Costa, que trabalha como mototaxista e precisará ficar parado por pelo menos 45 dias. 

Nascida em São Luiz Gonzaga, Rita veio para Santa Maria há 16 anos, com as filhas Gabriela, Caliandra e Cassiana. Há cerca de três anos, começou a dar aulas em São Pedro do Sul. De lá, veio uma das mais emocionantes demonstrações de carinho.

Alunos das escolas Prof. Hilda Koetz e Carlos Guilherme Lampert homenagearam a professora.

– Minha mãe era nova, cheia de vida e estava sempre sorrindo. Basta conversar com os alunos para perceber. Imagina, eles vieram de São Pedro com florzinhas nas mãos para se despedir. Não pode ficar como se nada tivesse acontecido enquanto a gente está sem a nossa mãe. Ela só estava indo trabalhar – lamentou Gabriela. 

Rita também fazia uma especialização em Teatro na UFSM. Ela foi sepultada ontem, no Cemitério Jardim da Saudade. A Delegacia de Homicídios e Desaparecidos investigará o caso.

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