aprovado na Câmara

Prefeitura pode arrumar calçadas e cobrar proprietário pelo serviço

18.404

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário) 
Em alguns pontos, a ausência da calçada obriga que pedestres andem pela rua

A Câmara de Vereadores de Santa Maria, por unanimidade, aprovou um projeto de lei complementar que autoriza que a prefeitura faça o conserto de calçadas danificadas e, posteriormente, cobre, do proprietário do terreno que fica em frente, o valor empregado na recuperação. Na prática, o Executivo só fica autorizado a realizar o reparo caso, se, após a notificação e aplicação de multa, o problema persistir.

Já está em vigor no município uma lei parecida, aprovada no ano passado, que autoriza que a prefeitura realize a limpeza de terrenos abandonados e cobre dos proprietários o serviço. No entanto, a lei ainda não saiu do papel (leia mais abaixo).

A autora do projeto, vereadora Deili Silva (PSD), afirma que o objetivo é melhorar a mobilidade dos pedestres, principalmente, de pessoas com deficiência e idosos. Para ela, é injustificável que alguns trechos sejam praticamente intransitáveis para a população.

VÍDEO: UFSM adota formaturas pela internet e em gabinete durante a pandemia

- A ideia surgiu observando as calçadas da cidade e pelas inúmeras reclamações que a gente recebe pelo estado de conservação delas. Tem muita gente que, às vezes, acaba precisando ir pelo meio da rua, porque simplesmente não existe calçada em muitos locais - relata.

No Código de Posturas do município, já havia a previsão de notificação, seguida de aplicação de multa, caso o problema não fosse solucionado.

Em geral, segundo o setor de Fiscalização do município, o proprietário do terreno em frente é autuado, pela primeira vez em R$ 750. Em caso de não reparo, é aplicada uma multa de R$ 3,5 mil. Na terceira notificação, o proprietário é autuado em R$ 7,1 mil. Se, mesmo assim, a situação persistir, agora, o município é autorizado a intervir e, depois, fazer a cobrança.

- A nossa ideia é melhorar a circulação de pessoas com essa lei. A dificuldade vai ser a fiscalização - adianta Deili.

O secretário de Estruturação e Regulação Urbana, José Antônio de Azevedo Gomes, diz que o projeto de lei complementar é de suma importância para que o município possa ter autonomia de intervir quando necessário.

Na corrida à prefeitura, Frente liderada por Cechin já tem sete partidos

- As pessoas precisam entender que, em uma sociedade, se vive em comum acordo sem causar transtornos para o outro. Agora, vamos ter condições de chegar e dizer que existe um prazo para resolver o problema. E, caso não for cumprido, o município vai intervir. A gente não pode deixar que uma pessoa passe quebre o pé, por exemplo - relata Gomes.

AÇÃO CIVIL
No dia 5 de junho, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pública com pedido de urgência para que a prefeitura execute obras de acessibilidade em visa públicas da cidade. A peça, de autoria do promotor de Justiça Fernando Chequim Barros, determina que o município execute as obras em dois anos, além de fixar multa diária por descumprimento no valor de R$ 1 mil, até o valor máximo de R$ 1 milhão, a ser revertida ao Fundo Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

As obras deve ser executadas no Centro, na área do fórum e em Camobi. A mesma peça ainda determina o início das obras de revitalização do Calçadão em um mês, caso seja aceita pela justiça.

Limpeza dos terrenos ainda não saiu do papel 
No ano passado, a Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou um projeto de lei que permite que a prefeitura realize a limpeza de terrenos abandonados e, depois, cobre dos proprietários os serviços realizados. O projeto, dos vereadores Alexandre Vargas (Republicanos) e André Domingues (PSDB) que, à época, ocupava cadeira no Legislativo, buscava coibir, por exemplo, focos do mosquito que transmite a dengue em terrenos baldios.

Até agora, no entanto, a prefeitura não fez uso do dispositivo legal que autoriza que o Executivo realize o serviço.

- Estávamos começando um processo para realizar essas vistorias e fazer o encaminhamento necessário. Mas a questão do coronavírus nos impôs a colocar praticamente todos os fiscais para realizar vistorias em relação à pandemia - afirma o superintendente de Fiscalização do município, Márcio Ohveiler, ao salientar que, pós-pandemia, deve se dar sequência a esses trabalhos.

Segundo ele, o principal problema são os focos do mosquito aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue. Contudo, a maioria dos proprietários, após notificação da prefeitura, realiza a limpeza do local.

- De 80% a 90% cidadãos atenderam as notificações. Os que não cumpriram com a determinação foram encaminhados para multa e a maioria acaba fazendo. Temos um ou outro caso isolado, em que o proprietário não mora no Estado ou faleceu - finaliza Márcio.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Depois de mais de 50 milímetros, chuva dá trégua antes do final de semana Anterior

Depois de mais de 50 milímetros, chuva dá trégua antes do final de semana

Mais um hotel de Santa Maria receberá o selo 'Local Seguro e Saudável' Próximo

Mais um hotel de Santa Maria receberá o selo 'Local Seguro e Saudável'

Geral