O protestos de caminhoneiros contra a alta do diesel e o aumento do frete chega ao sétimo dia no Brasil. Na quarta-feira, 61 pontos de bloqueio foram registrados em rodovias estaduais e federais do Rio Grande do Sul. Na Região Central, as manifestações seguiram pelo terceiro dia consecutivo em quatro cidades, mas houve desmobilização em Cruz Alta.
:: Acompanhe as rodovias onde há registro de manifestação de caminhoneiros na região
O atual momento é de apreensão e de expectativa. A Justiça manda liberar os bloqueios, mas as negociações da categoria com o governo não avançam. O impacto econômico ainda não foi medido, mas o consumidor já sente os reflexos, com desabastecimentos ou até aumeto de preços de itens pontuais.
:: Desabastecimento já atinge supermercados e preocupa postos
Na região e em Santa Maria, alguns postos de combustíveis, supermercados e distribuidoras de alimentos estão temerosos com a falta de abastecimento. Na noite de quarta-feira, a gasolina estava chegando ao fim em um posto da cidade. Não está descartada a possibilidade de bombas e prateleiras vazias até o fim de semana. O preço da carne pode sofrer reajuste se os caminhões não chegarem.
A Justiça interveio e determinou a desobstrução dos acostamentos e leitos de rodovias federais gaúchas ocupados por caminhoneiros. As decisões abrangem as BRs 386 e 468 (Palmeira das Missões), 285 (Passo Fundo), 472 (Santa Rosa) e 293, 116 e 392 (Pelotas). O pedido foi encaminhado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), que pediu a liberação em 7 municípios.
Em Santa Maria, a 3ª Vara Criminal enviou oficias de justiça até o km 297, da BR-392, e km 265, na BR-158, para verificar se os bloqueios eram totais ou parciais e identificar os comandos da manifestação. Até o fim desta edição, não havia uma decisão.
Apesar da onda de protestos e bloqueios de estradas, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo federal vai baixar o preço do diesel, principal reivindicam caminhoneiros.
:: Outros protestos virão este ano
Cientistas políticos apontam para um ano com muitos protestos no Brasil, a exemplo de 2013. Segundo os especialistas, a situação é ainda mais grave neste ano por causa da crise financeira.
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