Jaguari

Ponte que caiu em Jaguari foi construída para auxiliar o comércio

Mariana Fontana

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A ponte Júlio de Castilhos é patrimônio histórico do município de Jaguari. A construção, finalizada em 1899, permitiu o desenvolvimento da cidade. No último domingo, parte da estrutura cedeu quando um caminhão carregado de soja e uma carro passavam pelo local.

A história da ponte começa em 1897, durante uma visita do governador do Estado à época, Júlio Prates de Castilhos. Na recepção ao político, moradores e comerciantes expuseram produtos de indústria e comércio e relataram a necessidade da construção da ponte, pois o transporte de encomendas era feito por meio de uma balsa pelo rio.

Segundo dados do Museu Municipal Doutor Manoel da Siqueira Couto de Jaguari, ainda em 1897, iniciaram-se os estudos técnicos para a desobstrução do Rio Jaguari e então, a ponte começou a ser construída.

De acordo com a diretora do Museu, Ione Neu Acosta, a primeira estrutura foi feita de madeira, com pilares em alvenaria de pedra. Ela conta que muitos imigrantes italianos haviam comprado terras no município e, como forma de pagamento, trabalharam na construção.

— A inauguração ocorreu em março de 1899. Ela foi projetada para transportar cargas leves de alimentos que eram vendidos em outras cidades. Muitas enchentes atingiram o município, e a cada chuva, novas manutenções eram feitas — diz Ione.

No ano de 1900, uma enchente muito grande subiu o nível do rio. Os suportes de madeira que sustentavam a estrutura foram levados pela água. Nesse mesmo ano, a ponte foi refeita com pedras e cimento, e a altura foi aumentada em dois metros.

Hoje, a estrutura tem 200 metros de comprimento e 17 metros de altura. Foi depois de uma enchente, em 1941, que a madeira da ponte Júlio de Castilhos foi substituída por ferro. No final dos anos de 1950, a lage da ponte foi concretada, e a estrutura manteve-se a mesma até o último domingo, dia da queda.

Queda afeta a rotina

Na manhã desta sexta-feira, começou a funcionar o transporte público, cedido pela prefeitura, que fará a rota pelo desvio na BR-287. Como muitos moradores não têm veículos próprios, um ônibus com 23 lugares faz o percurso, inicialmente de graça.

A falta de água que atingiu 600 famílias foi normalizada. O abastecimento ainda é feito através do sistema de hidrante, mas uma nova rede está sendo construída pela Corsan.

O decreto de emergência foi encaminhado na tarde desta sexta-feira para a Defesa Civil estadual e nacional. De acordo com o prefeito João Mário Cristofari (PMDB), o município aguarda a homologação para buscar os recursos.

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