Polícia conclui inquérito de acidente que matou 7 pessoas em janeiro

O delegado de trânsito de Santa Maria, Cesar Renan Rodrigues dos Santos, concluiu ontem o inquérito sobre o acidente que matou sete pessoas e deixou uma adolescente ferida em 27 de janeiro deste ano. A colisão entre o Monza, que tinha sete ocupantes, e o Twingo, em que estava apenas o motorista, ocorreu às 23h de uma terça-feira, na BR-287, entre Santa Maria e São Pedro do Sul.

Segundo o delegado, como a única sobrevivente, uma jovem de 16 anos, não deu detalhes que contribuíssem para esclarecer o acidente, não foi possível precisar o que causou a colisão. Um dos vestígios no local apontava que o acidente ocorreu na pista de rolamento do Monza, mas só isso não é suficiente para saber quem provocou o acidente, pois podem ter ocorrido outros fatos antes da colisão. Porém, Santos ficou surpreso com os resultados dos exames periciais, que comprovaram que os dois motoristas tinham ingerido bebida alcoólica.

Segundo o laudo, o condutor do Monza, João Paulo Pereira da Silva, 29 anos, tinha 12,8 decigramas de álcool por litro de sangue, e o motorista do Twingo, Pierry André de Oliveira, 41 anos, apresentava 17,0 decigramas de álcool por litro de sangue. A lei diz que, a partir de 6 decigramas (ou 0,6 g) já é considerado crime de trânsito. Como ambos os motoristas morreram, o delegado enviou o inquérito à Justiça sem indiciar ninguém.

– A embriaguez contribuiu para o acidente e foi fator muito importante para causar a colisão. E o motorista do Monza, além de estar embriagado, não era habilitado e estava com veículo acima da capacidade, com sete ocupantes – diz o delegado.

Acidentes como esse, com sete mortes, revelam que é extremamente arriscado dirigir sob o efeito de álcool.

– Uma pessoa que levaria um segundo para reagir, sob efeito do álcool, pode levar dois, três ou quatro segundos. E esse tempo de realização do reflexo é que causa o acidente – afirma Santos.