A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria ouviu o depoimento do senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, 25 anos, na tarde de segunda-feira. O jovem teve o colchão onde dormia queimado no último sábado. Os agressores levaram uma caixa onde o imigrante guardava bijuterias, R$ 500 e um par de tênis.
Ataque a senegalês repercute nos setores públicos e políticos do país
Conforme o delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, que conduz as investigações, a partir do relato do jovem, hipótese de tentativa de latrocínio (roubo com tentativa de morte) ganha força:
Pessoas juntam dinheiro para ajudar senegalês que teve corpo queimado
Com o depoimento dele surgiram algumas lacunas, que estamos apurando ainda. Uma delas é o tempo que ele demorou entre a hora do fato e a hora em que foi pedir ajuda na padaria. Sobre a questão de racismo, ainda não ficou claro se houve ou não explica o delegado.
Dilma lamenta agressão a senegalês em Santa Maria e pede investigação à PF
Além da vítima, outras testemunhas foram ouvidas. Na tarde desta terça-feira, mais testemunhas devem prestar depoimento na Polícia Civil. A investigação está sendo acompanhada pela Polícia Federal (PF) de Santa Maria.
Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos se manifesta sobre o caso de senegalês queimado em Santa Maria
A Polícia Federal vai auxiliar a Polícia Civil no que for preciso. Essa foi a determinação do Ministério da Justiça explicou Getúlio Vargas, delegado da PF, sem entrar em detalhes sobre o caso.
Polícia investiga se crime contra senegalês foi racial ou tentativa de latrocínio
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se pronunciou sobre o caso por meio do seu Twitter e pediu que a PF entre nas investigações.
A polícia está à procura de câmeras de segurança na região do fato, mas ainda não localizou nenhuma. O trabalho, agora, é de busca junto à Guarda Municipal para resgatar imagens que possam ajudar na investigação. Ainda não há suspeito para o caso.
Ajuda de todos os lugares
O caso teve repercussão nacional"