colunistas do impresso

PLURAL: os textos de Valdo Barcelos e Rony Cavalli

Ministro, agora basta!
Valdo Barcelos
Professor e escritor-UFSM

Penso que, frente ao que tem dito e a forma como tem agido o atual ministro da Saúde, esse é o momento de dar um basta na carreira desse senhor, pelo menos como ministro de Estado. Toda nação que não é capaz de cuidar e proteger suas crianças está matando seu futuro. E não me refiro a um futuro abstrato. Refiro-me ao futuro como um tempo diretamente determinado pelo que fizermos no presente. Por isso é que podemos dizer que o futuro nada mais é que um presente em permanente transformação. O futuro será o resultado daquilo que fizermos no presente em que vivemos. Isso vale tanto para o aquecimento global quanto para saúde e a vida mesmo das crianças de qualquer nação.

Contra todas as evidências científicas, o ministro da Saúde coloca uma série de dificuldades visando postergar a vacinação das crianças brasileiras que tem entre 5 e 11 anos de idade. Vale ressaltar que essa ideia não saiu da cabeça desse médico paraibano. Como tantos outros absurdos, que o mesmo tem dito e feito, o faz por ordem do atual presidente Jair Bolsonaro e sua trupe de negacionistas. A Covid-19 e suas complicações já levaram ao óbito mais crianças do que todas as demais doenças infecciosas vacináveis no Brasil. O Brasil está entre os países com as maiores taxas de morte de crianças até agora em decorrência da Covid-19. Isso não é opinião. Isso é um fato. Isso é científico. Pois o eminente médico e ministro vem a público afirmar que "as mortes pela doença nessa faixa etária estão em níveis que não demanda decisões emergenciais". Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil, cerca de 1.140 crianças de zero a 9 anos já morreram de Covid-19 desde o início da pandemia. O ministro desconsidera que a pertinência, a segurança e a eficácia da vacinação das crianças já foram atestadas pela Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) e está sendo aplicada em mais de 20 países. Ressalte-se que a Anvisa, uma agência de reconhecimento internacional, tomou essa decisão com o respaldo de seus técnicos e especialistas, bem como após consultar as mais respeitadas associações de pesquisadores (as) na área em questão. 

Para o brilhante ministro, nada disso tem importância. Pois, agora o ministro veio com essa de consulta pública sobre vacinação das crianças de 5 a 11 de díade. Sugiro que façamos outra consulta pública. Essa consulta a que me refiro teria apenas uma pergunta: você é favor ou contra a permanência desse médico como ministro da Saúde? Sim ou não? Vamos lá ministro, como o senhor anda querendo ser deputado federal pelo seu Estado, a Paraíba, poderia começar por lá. Saberia o que as mães e pais da Paraíba pensam sobre sua atuação no ministério e, também, daria a chance desses pais demonstrarem, publicamente, o amor que sentem pelas crianças desse tão maltratado Brasil. 

Será que o ministro Queiroga não aprendeu em seu curso de medicina que todas as crianças merecem viver? Que as crianças, todas as crianças, não nascem para morrer? As crianças, todas as crianças, nascem para viver, pelo menos é o que querem todos (as) aqueles (as) que amam as crianças, que amam a vida. Ministro, basta! Se ainda lhe resta um pingo de dignidade profissional demita-se. Desejo que em 2022 não precisemos discutir coisas tão absurdas.

O pragmatismo militar do governo
Rony Pillar Cavalli
Advogado e professor universitário

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Já escrevi em artigos anteriores que o pragmatismo do governo federal funciona e funciona muito bem, inobstante para aqueles que acompanham a velha e desgostosa imprensa não enxergam estes números positivos e não enxergam porque a mídia tradicional não divulga qualquer notícia que possa dar ganho político ao Presidente Bolsonaro.

Esta semana, foi divulgado o resultado da balança comercial brasileira, ou seja, quanto vendemos mais do que compramos e o resultado não poderia ser mais altaneiro. A balança comercial obteve um superávit de 54,47 bilhões no ano, uma alta de 32,5%.

Também não se viu na imprensa tradicional que foram criados cerca de 3 milhões de novos empregos em 2021, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Os gastos e especialmente os desperdícios de governos anteriores também foram cortados. Enquanto os governos anteriores, especialmente os governos do PT, inchavam a máquina pública com a contratação de apaniguados políticos, tendo o governo Dilma - 2014 - contratado mais de 40 mil novos servidores em cargos de confiança, na tentativa desesperada de se equilibrar no poder, o atual governo contratou em 2020 cerca de 6.500 e neste ano de 2021 contratou cerca de 1.350 novos servidores, além, claro, de ter logo no primeiro ano demitido a maior parte dos contratados pelos governos anteriores, especialmente as contratações feitas nos governos petistas, sendo o que o então Ministro Onix Lorenzoni, Chefe da Casa Civil na época - 2019 -, chamou de "despetização do governo".

Em publicidades oficiais, então, descobrimos que o Brasil era praticamente "sócio", especialmente de veículos vinculados ao Grupo Globo e a Folha, em cujas empresas governos anteriores despejavam bilhões em publicidade seja do próprio governo, como das estatais. FHC gastou cerca de 4,1 bilhões em seus 3 últimos anos de governo. Lula em seu segundo mandato gastou 7,3 bilhões em publicidades, enquanto Dilma gastou 9,3 bilhões nesta rubrica em seu primeiro mandato. O estimado geral é que se tenha gastado cerca de 34,6 bilhões em publicidade entre os anos de 2000 e 2016. Já o atual governo, como se sabe, cortou consideravelmente os gastos no setor, sendo o fato motivo de ira da imprensa com o Governo Federal. Não é exagero dizermos que descobrimos que o Grupo Globo era praticamente uma empresa estatal, tamanho montante de verba pública que jorrava em seus cofres nos governos anteriores, sendo que bastou se cortar estes gastos e estamos assistindo à bancarrota financeira que vive as empresas Marinho.

Mas os resultados pragmáticos que mais encantam no governo são produzidos justamente por aqueles que a esquerda e a imprensa militante mais detestam, que são os militares. O aproveitamento dos militares no governo entrega resultados espetaculares e incontestáveis. Embora só o que a mídia e oposição diga é que o atual governo não está fazendo obras novas, pois está concluindo obras iniciadas em governos anteriores, pergunto aos amigos quando na história de outros governos se fez isto? Quando se deu prioridade em concluir obras de governos anteriores, abandonadas e que consumiram e consomem bilhões de nosso dinheiro? O Ministério da Infraestrutura, que é uma das pastas com melhor desempenho, apenas para lembrar é comandada por Tarcísio Freitas, um engenheiro militar.

Não temos espaço aqui para citar todos os resultados produzidos pelos militares que estão no governo, mas apenas chamo atenção dos amigos para olharem para o que era o sertão nordestino antes do atual governo, o que já é com o atual governo e como este governo entregará o Nordeste transformado, tudo por obras positivas que têm o pragmatismo dos militares como Norte.

Portanto, se quiserem enxergar os resultados positivos do governo, esqueçam opinião de jornalista militante e afastem qualquer paixão partidária ou ideológica. Uma boa e pragmática planilha de excel destrói qualquer argumento da extrema imprensa falida e militante.

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