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PLURAL: os textos de Juliana Petermann e Eni Celidonio

Curta e compartilhe
Juliana Petermann 
Professora universitária

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Entre corações, balões de fala, aviõezinhos e bandeirinhas, quantas vezes você curtiu, comentou, compartilhou ou salvou algo hoje? As redes sociais são um playground de estímulos e de demandas: carrosséis infinitos para serem consumidos e replicados. É um sem fim de imperativos, mas é também um sem fim de conteúdo. Dicas, tendências, comportamentos, moda, decoração, saúde. Mas o que é realmente esse tal de conteúdo? A seguir, um mini guia sobre esse tema: 1) Se considerarmos os sentidos da palavra, conteúdo é aquilo que está no interior de algo, ocupando um espaço vazio. Outro sentido possível é de algo com certa relevância. 2) Por isso, marcas, empresas e profissionais utilizam o espaço das redes sociais com objetivos comerciais e de divulgação, na tentativa de estarem presentes e de serem relevantes na vida das pessoas. (Se você gostou do miniguia, compartilhe).

SALVE E COMENTE

Por trás disso, estão as pessoas que produzem conteúdos. Aqui estão três dicas para entender quem são essas pessoas (arraste os olhos para o lado para saber mais): 1) São profissionais de comunicação que criam conteúdos para marcas e pessoas; 2) São profissionais de outras áreas que se aventuram pelo marketing digital; 3) São pessoas que criam conteúdo para si e que pelo sucesso (ocasional) acabam se tornando influenciadores, anunciando também para marcas. (Se você gostou das dicas, faça um joinha aí para a página do jornal).

PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

Às vezes, eu tenho a impressão de que todo mundo virou produtor de conteúdo. É pediatra, arquiteto, psicóloga. Então, antes de pensar "mas porque meu cabeleireiro está fazendo essa dancinha?", ou ainda, "porque minha advogada está apontando para essas palavras que pipocam no vídeo?"Saiba que estão produzindo conteúdo e, nesses casos, cumprindo com as cartilhas dos gurus do marketing das redes sociais. A seguir, mais dois aspectos sobre a produção de conteúdo (passe para o lado e descubra): 1) Apenas a dancinha ou a edição de vídeo não garantem a relevância: só fazem parte da performance na busca pelo engajamento e na tentativa de surfar nas lógicas dos algoritmos. 2) A produção de conteúdo é uma tarefa complexa para se sobrepor a todas as atividades profissionais que já envolvem uma carreira, mas as redes sociais fazem parecer algo simples. Por isso, uma dica: não sinta ansiedade ou culpa caso você não esteja produzindo conteúdo sobre a sua prática profissional. Se você curtiu essa dica, envie para alguém que esteja precisando ler esse conteúdo, mas que não necessariamente precisa criar o o próprio conteúdo.

Loja gordofobica
Eni Celidonio
Professora universitária

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O quê? Tem um acento faltando aí? Eu sei, já explico para você a razão de não ter, purista do vernáculo.

Eu fico impressionada com gente que compra tudo pela internet, e quando eu falo tudo, é tudo mesmo. Um exemplo é minha filha: ela compra desde detergente até máscaras, de comida pros cachorros até roupas. Sério... Fomos a um casamento e ela comprou o vestido pela internet e, por incrível que pareça, ficou como se tivesse sido feito sob medida. Sorte? Acredito que sim. Tive ainda uma aluna que comprava até eletrodomésticos e móveis pela internet, impressionante como tudo dava certo. Mais uma com sorte. Eu morro de inveja dessas modernidades!

Pois, senhores, eu compro muitos livros, tanto no kindle quanto livros físicos e, há um tempo, comprava sapatos da Louloux, que Deus a tenha, porque não existe mais. E só! Eu sou daquelas que não acreditam em sorte. Roupa? Nem pensar! Eu tenho que experimentar, ver o caimento, pois vejam bem, mesmo experimentando, "sempre" tem algum detalhe que não funciona: acabamento malfeito, bainha que não condiz com meu tamanho (já experimentei calças que a bainha tinha mais de meio metro) e, por aí, vai. Nem vou falar de caimento, porque já experimentei vestidos que o caimento ficava tão ruim que não caía: tombava. Caía tanto que se estrebuchava no chão de tal sorte, que nem chamando o Samu.

Pois estava eu conversando com uma amiga lojista e ela me mostrou uma cliente que fazia perguntas pelo Whatsapp, do tipo: que cor tem? Quais os tamanhos disponíveis? Ora, se eu quero saber das cores, tudo bem, agora, quanto ao tamanho, não seria mais lógico eu explicar o tamanho que eu quero do que saber todos os tamanhos que a loja oferece? Pronto! Criou-se o problema. A minha amiga resolveu ter a petulância de perguntar qual o tamanho que a criatura queria e foi o suficiente para que a outra respondesse:

- Não quer vender? Por isso que essa loja já quebrou e vai quebrar de novo. Você é muito grossa, poderia tratar os clientes com mais delicadeza. Por essas e por outras que eu nunca mais vou comprar nada nessa loja, aliás, já tentei várias vezes e é exatamente isso que acontece: sou mal atendida. Loja gordofobica (escrito assim mesmo, sem acento)! Isso é que vocês são. E blábláblá e blábláblá...

Meus sais! Agora é assim. Qualquer ruído na mensagem já se recebe uma embalagem: gordofóbico (com acento), homofóbico, misógino, preconceituoso, racista, e tome palavras que a gente nem sabe o que significam. E eu pergunto: onde foi que a gente ficou tão chato? Em que momento se resolveu que não responder a uma pergunta faz da gente isso ou aquilo? Gente... Se a criatura explica os modelos, a numeração e tudo o mais, e a roupa não agrada, ou não cai bem, a culpa é de quem? Da loja? Da confecção? Do Badanha? Sim, até de Papai do Céu, menos do comprador. Decididamente, eu não conseguiria manter uma loja com clientes assim nem por uma semana. Não mesmo! Todo o meu respeito a quem tem essa paciência. Eu fora...

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