PLURAL: Stranger Things

Redação do Diário

A coluna Plural deste final de semana traz textos sobre o tema Bem-estar e saúde mental. Os textos da Plural são publicados diariamente na edição impressa do Diário de Santa Maria. A Plural conta com 24 colunistas

Arnoldo MachadoPalestrante ativacional

A série bombástica do momento é Stranger Things – Coisas Estranhas. Em suma e sem spoiler, a série conta a história de alguns adolescentes que combatem monstros do mundo inverso, e, com poderes sobrenaturais, destroem os males e recolocam a ordem no Planeta, salvando a humanidade com seu elenco mimoso, carismático e adolescente. Enfim, uma história bem enredada.

Mas, não é isso que se destaca aos olhares mais atentos e contemplativos meticulosos, e, sim, essa invasão de Coisas Estranhas sem qualquer tipo de pedido de permissão. Os monstros invadem pessoas aleatoriamente, aterrorizam-nas e, dentro de certo tempo, dão cabo nas mesmas. E essa pessoa possessa pelo monstro faz coisas não planejadas e/ou desejadas.

Essa possessão dos monstros é o que mais real existente na série, e o dilema é de que se trata de algo muito real.

Um exemplo antes de definir termos, uma história rápida: “Outro dia, uma psicóloga que trata de vários adolescentes disse: ‘Nossos adolescentes estão em perigo!’”. Em tradução simultânea, nossos adolescentes precisam de ajuda; eles precisam de nós, os não infectados pelas coisas estranhas.

Tudo isso porque a exemplo da série do momento, muitos adolescentes, jovens, crianças, adultos e crianças também são visitados pelos monstros da ansiedade, depressão, pânico, medos sem motivos, choros involuntários… enfim, coisas estranhas, Stranger Things.

Essas coisas são invisíveis, imprevisíveis, disfarçados de “tristezas bobas”, “falta-do-que-fazer” ou modinha contemporânea; elas vêm, tomam posse, instalam-se e fazem dessas pessoas suas vítimas de dores e sofrimentos… estranhos.

Nossos adolescentes, jovens, amigos, conhecidos, parentes, cônjuges, filhos estão todos em perigo. E nós, que lemos, também! E isso não é entre aspas ou ficção científica, é vida real.

Este texto tem por alvo dois públicos:

1º alvo: aqueles infectados pelas coisas estranhas que não conseguem se explicar, não sabem traduzir suas dores e expressar seus sentimentos. Sofrem sozinhos e calados por medo do ridículo e zoação.

A estes, todo nosso carinho, preocupação e atenção. E conselho da procura imediata de um especialista.

2º alvo: aqueles de bem com a vida, aqueles firmes, de “boas”, que, por vezes, desconsideram os infectados por julgarem frescura.

A vocês, nosso pedido de carinho, preocupação e atenção, e todo amor do mundo.

Uma corrente do bem iria bem agora. Talvez, a arte tenha imitado a vida real, ou vice-versa, mas o fato é que ninguém pode soltar a mão de ninguém. Temos que estar juntos nessa pandemia de Coisas Estranhas. E que nossa serumanidade seja nosso melhor antídoto para todo mal que nos deixa em perigo.

E assim, amorosamente, façamos de Stranger Things só mais uma série adolescente de ficção científica sem qualquer relação com as Coisas Estranhas que assolam a humanidade tão de perto.

Paz!

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