Primeiro dia de julgamento pela morte de Gabriela Glasenapp tem depoimentos da mãe e réus negando envolvimento no crime

Primeiro dia de julgamento pela morte de Gabriela Glasenapp tem depoimentos da mãe e réus negando envolvimento no crime

Foto: Rádio Integração (Divulgação)

Será retomado na manhã desta quinta-feira (11) o Júri Popular pela morte da adolescente Gabriela Ferreira Glasenapp no Fórum da Comarca de Restinga Sêca. O julgamento dos cinco réus acusados de envolvimento no crime, ocorrido em 2021, começou na quarta-feira e a sessão se encerrou por volta das 19h.

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Na manhã de quarta-feira, foi ouvido o depoimento da mãe de Gabriela, que relatou ter sido vítima de extorsão durante o desaparecimento da filha. No turno da tarde, mais duas testemunhas prestaram depoimentos e, na sequência, os interrogatórios dos cinco acusados, que negaram participação no homicídio.

Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado, extorsão qualificada, ocultação de cadáver e organização criminosa. O julgamento, presidido pela juíza Rosangela Vieira.

O crime
Gabriela, à época com 15 anos, foi executada com dois tiros na cabeça e enterrada em uma cova, de cerca de 40 centímetros, em uma área de mata na Vila Pelizáro, em Restinga Sêca, em 14 de novembro de 2021. O corpo só foi encontrado no início do mês de dezembro devido ao trabalho de busca que envolveu Polícia Civil, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, com auxílio de um cão farejador, que localizou o ponto onde a vítima estava enterrada.

O último contato da adolescente com a família ocorreu no dia em que sumiu. À tarde, a mãe de Gabriela recebeu uma chamada pelo celular da filha. Na linha, um homem e duas mulheres afirmavam que a adolescente teria uma dívida.

Segundo a mãe, a filha também estava na ligação. A mulher relatou ter transferido R$ 450, conforme exigência de resgate dos criminosos. Depois disso, não conseguiu mais falar com a adolescente.

A investigação apontou que a dívida seria ligada ao tráfico de drogas. Na época, o delegado regional Sandro Meinerz explicou que a identificação da área onde o corpo estava enterrado só foi possível após a análise de centenas de imagens de câmeras de segurança.

Uma delas mostrou Gabriela caminhando ao lado de um casal, que a conduz até o local do crime. As imagens registram o trio às 17h25min e, cerca de meia hora depois, o casal retorna sem a jovem.
Reconstituição e investigação

Cerca de cinco meses após o crime, foi feita a reconstituição do crime, solicitada pelo Ministério Público. A ação ocorreu em diferentes pontos da cidade, incluindo a casa onde Gabriela teria permanecido antes de ser levada para a mata.

Conforme a Polícia Civil, duas pessoas teriam executado a adolescente, enquanto outras três foram ao local do crime após a execução, abriram a cova e enterraram a vítima, participando da ocultação do corpo. Todos eram subordinados ao líder de uma facção que comandava as ações diretamente da Região Metropolitana.


Áudios de ameaça

Dias antes do corpo ser localizado, a mãe de Gabriela recebeu uma série de mensagens por áudio, em tom de ameaça.

– Eu vou matar, porque ela nem merece a mãe que tem. Já prepara o caixão – teria dito um dos acusados.
– Ela tá se estragando... vai perder a vida dela – relata em áudio, um dos acusados pela morte da adolescente. 
– Dá uma pesquisada no que a gente faz. Tua filha vai morrer por R$ 450 – teria ameaçado um dos acusados, em áudio enviado para a mãe da jovem.

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