Santa Maria

Para Justiça, familiares de vítimas da Kiss devem pagar por descontaminação de objetos pessoais

Marilice Daronco

Logo nas primeiras horas de limpeza do prédio onde funcionava a boate Kiss, na Rua dos Andradas, na manhã desta quarta-feira, foram encontrados 366 sapatos, 38 peças de roupa, duas carteiras, dois relógios, um celular, um saco plástico com R$ 10, um capacete, além de um pregador de cabelo, pulseiras e brincos.

Segundo o juiz Ulysses Fonseca Louzada, caberá aos familiares de vítimas, dentro de um prazo de 30 dias, apresentar à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) um plano para a descontaminação dos objetos. Ainda segundo Louzada, os familiares terão de pagar pelo serviço.

Assim que formos comunicados sobre isso, levaremos o tema para assembleia para que os familiares possam decidir o que fazer afirma o advogado que representa a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) no caso.

Mãe de uma das 242 vítimas, Ligiane da Silva, que fez vigília nesta noite em frente ao prédio, ressalta que o que os pais querem não se trata de bens materiais:

Não estou aqui em busca do sapato sem o qual a minha filha foi encontrada. O que queremos é o acesso a essas lembranças, para muitos pais elas são especiais.

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