Pais pedem agilidade na transferência dos processos para a esfera federal

Em maio de 2016, representantes da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) estiveram em Brasília para reunião com a Procuradoria-Geral da República (PGR),e seu titular Rodrigo Janot. Na pauta, questões como o pedido de arquivamento de processos contra quatro pais das vítimas e a transferência do caso para a esfera federal.

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Mais de um ano passado, familiares e amigos de vítimas do incêndio de 27 de janeiro de 2013, exigem o repasse imediato de informações e documentos sobre a tragédia por parte do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), ao órgão federal. Segundo o diretor jurídico da associação, Paulo Carvalho, o que se pretende é que os processos conduzidos pelo MP-RS sejam revisados.

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– O objetivo da PGR é verificar possíveis erros e equívocos no processo. Mas para que isso aconteça, é preciso que o Ministério Público repasse as informações e documentos necessários e já solicitados pela Procuradoria. O que não entendemos, e não aceitamos, é essa demora na entrega desse material. Por que essa lentidão? – questiona Carvalho, que perdeu o filho Rafael, 32 anos, no incêndio.

O procurador federal Ubiratan Cazetta, do Pará, foi designado para acompanhar o caso. A análise de todo o processo, de acordo com Carvalho, permitirá que, caso sejam verificadas inconsistências, o caso Kiss seja julgado pela Justiça federal.

– Não queremos achismos, mas, sim, que a verdade seja esclarecida. Queremos a transparência no processo. E, com isso, que todos os envolvidos sejam responsabilizados, por negligência ou por omissão. Tem que haver a federalização para que tudo seja esclarecido – destaca Paulo Carvalho.