Artigo

OPINIÃO: Recomeço

Alexandre Reis

Um novo ciclo se inicia a partir de agora, para aqueles que tiraram férias, é hora de recomeçar! Espero que este momento de pausa tenha servido para revigorar as energias e planejar ações e metas para a continuidade do ano. Para tanto, fique atento às mudanças e tendências da economia neste momento.

Uma dica interessante para os estudantes que retornam as suas atividades escolares é: procure planejar o seu semestre letivo! Observe se é necessário comprar livros, pastas, cadernos e materiais de apoio. Nesta época, os preços estão bem mais acessíveis que no início do ano. 

Quanto à economia, houve mudanças significativas incluindo o aumento tributário nos combustíveis, especificamente no Pis/Confins deste produto. O impacto desta medida envolve mais receita para o Governo. No entanto, o aumento dos combustíveis, por ser um produto de base, isto é, quase todos os setores da economia usam direta ou indiretamente ou compram esse item, poderemos observar um efeito ¿cascata¿. Mas, sejamos esperançosos, pois dada a competição no setor, ao longo do semestre, poderemos ter a diminuição do preço deste produto. Por hora, o aumento e o impacto foram de R$ 0,40 em média no diesel, gasolina e etanol. Segundo o Governo, o aumento é necessário devido ao déficit nas contas do Tesouro Nacional. É necessária muita superação dos agentes econômicos para encarar este aumento!

Quanto aos juros (taxa Selic – juros básicos da nossa economia), estamos em uma tendência de queda, o que pode favorecer novos investimentos e a retomada do crescimento econômico. Atualmente, o juro básico ficou estabelecido em 9,25% ao ano. Por outro lado, o endividamento das famílias e das empresas ainda está em alta. A Peic – Pesquisa do Endividamento do Consumidor (2017) – realizou entrevistas com 18 mil consumidores e revelou que 56,4% das famílias declararam-se endividadas em junho, percentual menor do que o de maio (57,6%); e de junho do ano passado (58,1%). Isso se deve, principalmente, a alta taxa de desemprego no país. 

O desemprego encontra-se ainda muito alto, com quase 14 milhões de brasileiros que estão sem uma oportunidade de trabalho no âmbito formal, e isso impacta negativamente tanto no nível social quanto no econômico. Precisa-se de medidas rápidas de incentivo ao emprego, da mesma forma espera-se que políticas de aumento da produtividade ocorram para que, no médio e longo prazo esses números se tornem mais favoráveis. No entanto, não se percebe isso ainda. Estamos diante de reformas, trabalhista (aprovada, mas sujeita a mudanças) e previdenciária, sem falar da política, mas essa última mais difícil de ocorrer. Bom, veremos como será o comportamento econômico e político até o fim deste ano. 

Por conseguinte, ainda estamos em recuperação lenta e gradual da nossa economia. Os entraves institucionais ainda são os principais problemas, tendo em vista a burocracia e a ineficiência produtiva. Mas não vamos esmorecer na busca por uma nova retomada de nossa economia. Então, para aqueles que voltam ao trabalho, muita força e vigor. E para os estudantes que retornam aos estudos, persistência, organização e muito estudo! Diante deste cenário, planejar é o verbo do momento!

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