Os alunos da rede estadual voltaram das férias de inverno ontem, mas pode ser que fiquem sem entrar nas salas de aula a partir desta terça-feira, em Santa Maria. Os professores do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato aprovaram nessa segunda-feira, em assembleia no auditório do Instituto Olavo Bilac, o indicativo de greve.
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A proposta é que a categoria faça greve até o governo pare de parcelar os salários. Nesta manhã, o governo do Estado depositou nova parcela do salário, no valor de R$ 450 por matrícula.
O indicativo de greve será levado para uma assembleia geral do sindicato, que ocorre a partir das 9h30min desta terça-feira, em Porto Alegre, na Praça da Matriz. Se todos os 42 núcleos aprovarem greve, a paralisação começa nesta terça-feira mesmo.
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O diretor de mobilização do 2º Núcleo, Rafael Torres, foi eleito, no final de junho, diretor geral do 2º Núcleo, mas a posse no cargo deve ser no final de agosto. Ainda na posição de diretor de mobilização, ele comentou que a assembleia em Santa Maria teve como foco garantir adesão das escolas para o movimento.
– Queremos ter certeza que as escolas vão participar e queremos definir os moldes desta paralisação. Também sabemos que podemos definir por greve aqui e chegar em Porto Alegre, para a Assembleia Geral, e a greve não ser aprovada lá. Temos que ver qual vai ser o rumo de tudo. A nossa proposta é esta, mas tem mais 41 núcleos e as propostas deles – explica.
MOTIVOS DA GREVE
Torres diz que os motivos que levam a categoria à greve é o desrespeito com os professores, como o parcelamento de salários, que chega ao 20º mês consecutivo.
Além disso, o diretor de mobilização do 2º Núcleo diz que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 256, 257 e 258, que definem por redução de direitos da categoria. Ele salienta que a PEC 257 legaliza o parcelamento de salários, com a derrubada do artigo 35 da Constituição Federal.
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O coordenador adjunto da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Alaor Baptista Chagas, comenta que o órgão respeita a posição e o direito dos professores. Ele diz que a 8ª CRE aguardará o andamento da assembleia geral, para debater com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) sobre a decisão dos professores, caso seja aprovada a greve.
No início deste ano, o Cpers aprovou greve geral, iniciada dia 15 de março. Em Santa Maria, 4 escolas aderiram ao movimento e em uma assembleia de avaliação da greve, o sindicato definiu pelo fim da paralisação no dia 4 de abril.