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OPINIÃO: Encontro Latino-Americano

Padre Xiko

Estou na histórica cidade chilena de Talca, (onde foi assinada a carta da criação da República Chilena), de 200 mil habitantes, a 270 km ao sul de Santiago do Chile, de onde se vê a encantadora cordilheira branca dos Andes. Aqui, a temperatura oscila entre 5°C a 20°C, sendo que, à noite, cai bem mais. 

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Encontro-me nessas terras em missão.  Participo do 16º Encontro Latino-Americano do Movimento de Cursilho, juntamente com representantes dos 18 países da América Latina e mais dois países convidados: Portugal e Espanha. Somos entre 113 participantes vindos desses 20 países. 

O Movimento de Cursilhos da Igreja Católica visa à formação de lideranças em vista de um mundo mais humano e mais cristão. Nasceu da inspiração e ação de um grupo de leigos e sacerdotes, na Espanha, na década de 1940, num momento histórico de crise moral, política e religiosa.

Naquela época, dizia-se que o mundo estava de costas para Deus, estava abandonando a fé. Nesse contexto, no ano de 1948, realizou-se uma caminhada ao Santuário de Santiago de Compostela, na qual participaram 70 mil jovens da ação católica.  Em consequência dessa caminhada, surgiu o Movimento de Cursilhos, dando continuidade à experiência vivida no caminho de Santiago. Portanto, o Movimento de Cursilhos nasceu na estrada e sua característica é viver em espírito de peregrino! Hoje, ele está presente em quatro continentes e em preparação para ser lançado na África. No Brasil, o MCC chegou na aurora do Concílio Vaticano Segundo, no mês de abril de 1962, em Valinhos, São Paulo, trazido pela missão espanhola. 

  O tema principal de reflexão desse encontro  foi “Como viver a comunhão num tempo fé: Igreja em saída”, mas ocupamos um bom tempo na reflexão sobre a grave crise de valores, especialmente éticos e morais, pela qual vive o mundo de hoje,  muito semelhante com a época do surgimento do Cursilho. Debruçamo-nos na busca de soluções eficazes e adequadas para essa sociedade líquida e pós-verdade do mundo de hoje. Fizemos ressoar entre nós, com muita ênfase, os apelos do Papa Francisco de uma Igreja em saída, ou seja, sermos um movimento em saída. 

Nessa oportunidade, elegemos a coordenação do Grupo Latino Americano e do Organismo diretivo mundial do Movimento de Cursilho. Cabe-nos referir que a coordenação do movimento é itinerante em todos os níveis: mundial, continental, nacional e diocesano. 

A coordenação do movimento, em nível mundial, estava na Europa, em Portugal, em Fátima. Agora, veio para o México. Já em nível latino-americano, estava na Venezuela. Agora,  o Chile sediará a coordenação nos próximos quatro anos. 

As novas coordenações terão como desafio continuar promovendo a atualização do MCC, além de trabalhar para implantar os Cursilhos no Continente Africano. Caberá também às novas lideranças um trabalho de manter a unidade em torno do carisma e fortalecer os vínculos de fraternidade entre os continentes e entre os países. 


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