Cuidado redobrado

Oito pacientes estão com superbactéria no Hospital Universitário de Santa Maria

Deni Zolin

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O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), gerido pela Ebserh, confirmou que há oito pacientes com bactérias multirresistentes, mas não há motivo para pânico. Seis estão internados na UTI adulto (metade deles com infecção provocada pela "superbactéria"), e outros dois deram alta da unidade intensiva e estão agora no 5º andar do Husm. Já no 3º andar, que também recebe pacientes de UTI, não há casos agora. Quem confirmou as informações foi a chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do hospital, Iara Barbosa Ramos, que explicou que a contaminação por bactérias resistentes a vários antibióticos tem sido frequente na maioria dos hospitais.

— Aqui, quando o paciente chega de outros hospitais ou entra na UTI, coletamos amostras de urina e secreções para fazer cultura e saber com que bactérias ele está. É comum encontrarmos bactérias resistentes a vários antibióticos, chamadas multirresistentes. A diferença é que outros hospitais não investigam isso — afirma.

Iara confirmou que, desde 2013, já houve casos de mortes causadas por bactérias multirresistentes no Husm. O tratamento costuma ser por combinações de antibióticos, mas a reação depende também das condições de saúde do paciente. Ela nega que haja negligência do hospital na limpeza do prédio e na lavagem das roupas de cama e das usadas pelos pacientes. Iara diz que todas as roupas sujas com maior risco de contaminação passam por um processo de higienização ainda mais rigoroso.

Este ano, já não é a primeira vez que a "superbactéria" é achada no Husm. Os casos atuais foram identificados o início de maio até 3 de junho. Apesar de serem bactérias multirresistentes, há só a suspeita de que sejam da bactéria KPC, o que será confirmado ou não por meio de exames mais complexos, que estão sendo feitos pelo Estado. É que existem outras bactérias que resistem à maioria dos antibióticos.

Por precaução, os pacientes ficam isolados e só recebem uma visita por dia. O visitante entra com máscara, luvas e avental. É que a bactéria é transmitida pelo contato com pele, secreções, roupas ou objetos do paciente.

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