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Oficina de costura oferece oportunidade de aprendizado aos apenados da Pesm

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Neste sábado, a Oficina de Costura da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) completa dois meses de trabalho. O projeto, que tem oito detentos, surgiu com a necessidade da confecção das máscaras e com o objetivo de ocupar o tempo ocioso e ensinar uma nova profissão para quem cumpre pena na instituição. A inauguração oficial do espaço ocorreu em 5 de outubro.

A 2ª Região Penitenciária foi contemplada por meio de um de um projeto enviado para a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e para a Sistema de Administração Penitenciária (Siapen), com 15 máquinas de costura. Os equipamentos foram encaminhados para a Pesm e o Presídio Regional de Santa Maria, Presídio Estadual de Cacequi e de Júlio de Castilhos.

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Na Pesm, de segunda a sexta-feira das 9h às 11h e das 13h às 17h, os apenados confeccionam máscaras de proteção que começaram com os modelos descartáveis, mas que atualmente já costuram os modelos de tecidos reutilizáveis. De acordo com o delegado penitenciário da 2ª Região, Anderson Prochnow, a cada três dias de trabalho os detentos têm um dia da pena reduzido.


Segundo Prochnow, já existe uma lista de espera de detentos que querem participar da oficina. Por enquanto, são oito participantes:

- A oficina é a concretização de um sonho. Graças a uma série de pessoas que contribuíram, podemos ver os apenados do regime fechado, que estavam ociosos, na confecção desse material que felizmente salva a vida de muitas pessoas.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

OPORTUNIDADE
A satisfação de poder ajudar a sociedade em um momento delicado como o da pandemia do coronavírus, é um dos motivos de orgulho dos detentos que trabalham na oficina.   

Para um dos apenados, de 32 anos, a oportunidade de sair da cela e poder ocupar o tempo com uma nova profissão é muito importante:

- Sem a ajuda dessas pessoas que acreditam na capacidade dos presos e na nossa ressocialização nada disso estaria acontecendo.

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Motivador é a palavra, que segundo o detento, de 34 anos, define a oportunidade de passar na capacitação e poder fazer parte da equipe da oficina de costura:

- É muito importante para nós terem nos confiado participar, mesmo que indiretamente, nessa luta contra o coronavírus. A gente se sente bem motivado e confiante, pois quando a gente regressar à sociedade terá uma oportunidade de trabalho para poder recomeçar com o pé direito.

500 MÁSCARAS POR SEMANA
Com uma meta de produção semanal de 500 máscaras, um total 2 mil unidades por mês, a qualidade dos produtos também é uma das preocupações durante a fabricação do material, que passa por uma revisão final. 

- É fundamental a gente poder ofertar trabalho interno em uma penitenciária que exige toda complexidade de segurança para a movimentação do preso. Mas também é indispensável que se crie esses espaços em mais lugares, porque além do trabalho interno com a remição de pena, é um trabalho educativo - conta a assistente social e coordenadora técnica da 2ª Região, Adriana Rosa da Silva.  

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

PARCERIA COM A PREFEITURA
Com o uso obrigatório das máscaras de proteção e com o projeto em andamento, a prefeitura de Santa Maria fechou uma parceria com a instituição. As máscaras costuradas pelos apenados são distribuídas pela Patrulha da Máscara, que orienta e fiscaliza a população nas ruas da cidade. Elas são distribuídas pelo grupo para quem é visto sem o item de segurança em locais públicos. As mesmas máscaras são usadas pelos agentes da fiscalização do município. 

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As confecção de máscaras integra uma parceria entre Susepe e prefeitura desde maio de 2019, chamado Reintegra SM, quando pessoas privadas de liberdade começaram a cuidar da limpeza de praças da cidade. Pozzobom diz que a ideia é ampliar a parceria no futuro e cogita que os apenados possam, no futuro, costurar uniformes escolares.

- Quando a gente fala no projeto, é literalmente reintegrar na sociedade e dar uma oportunidade. Dando essa oportunidade, os apenados aperfeiçoam o trabalho deles. É muito importante para eles e para a nossa sociedade, e precisamos acabar com o preconceito - diz o prefeito Jorge Pozzobom.

A ideia de oficinas e trabalhos a quem cumpre uma pena tem o apoio da psicóloga e instrutora das oficinas,  Luciana Dimperio: 

- Eu acredito muito no trabalho prisional. Eles terem uma atividade que além de ser uma capacitação, geração de renda e saírem daqui e poderem ter uma profissão, isso contribui com a saúde mental e fortalece a resiliência deles.  

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