Na Justiça

Novo júri popular do Caso Lenira começa com protesto em Santa Maria

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Começou, por volta das 9h30min desta terça-feira, no Fórum de Santa Maria, o novo júri popular de Valeri Luiz Dotto, acusado de matar a mulher Lenira Oliveira, em 2008. Familiares da vítima realizam um protesto no local desde às 9h. Foram fixados cartazes e fotos de Lenira no portão de entrada do fórum.

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O sobrinho da vítima, Cristiano Souza, diz que a expectativa dos familiares é de que, nesse novo júri, seja feita justiça e que a promotoria consiga realizar um bom trabalho.

— Existem muitas provas que o incriminam. Em sete anos, não apareceu mais ninguém. A nossa esperança é de que, desta vez, a gente consiga a condenação, já que até mesmo os materiais utilizados foram reconhecidos como sendo dele — comenta Souza.

O crime ocorreu no dia 1º de maio de 2008, na casa onde Lenira vivia com o marido e um enteado, na Rua Venâncio Aires, no bairro Passo D'Areia. Lenira tinha 52 anos, era casada com Dotto há cerca de 16 e foi encontrada morta com uma facada na região do tórax. Em um primeiro momento, a 3ª Delegacia de Polícia Civil (3ª DP) trabalhou com a hipótese de latrocínio (roubo com morte), já que, de acordo com os policiais, a casa estava revirada, e o portão estava fora do lugar.

No decorrer das investigações, o delegado Carlos Alberto Gonçalves, à época titular da 3ª DP, descobriu que Dotto havia feito um seguro de vida em nome de Lenira, no dia 10 de abril de 2008, no valor de R$ 275 mil, cujo único beneficiário era ele. Com o novo fato, o caso teve uma reviravolta, e Dotto foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público.

O empresário foi julgado e absolvido no dia 5 de julho de 2011. Os então advogados de defesa Antonio Carlos Porto e Silva, Daniel Tonetto e James Tiago Coelho utilizaram como tese a negativa de autoria: quando o réu afirma que não praticou o crime pelo qual está sendo julgado. A maioria dos jurados acatou a tese e entendeu que o réu era inocente.

No entanto, promotor Joel de Oliveira Dutra entrou com pedido na Justiça de um novo julgamento, porque acreditava que a decisão dos jurados foi contrária às provas do processo, que apontariam somente o empresário como suspeito.

O julgamento desta terça-feira contará com novo corpo de jurados e novo promotor. O advogado assistente de acusação é Pedro Corrêa.

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