No final do ano a gente arruma

Igor Müller

É intrigante como o final do ano é repleto de expectativas. Lá em março, após o Carnaval, as pessoas já começam a dizer: “agora o ano vai começar”. Pessoas queridas, o ano começou, segundo nosso calendário cristão, em janeiro! Sem querer generalizar, muitos de nós (sim, estou inclusa nessa treta toda) acreditamos que o ano se inicia junto a outros eventos e, da mesma forma que começa, também termina atrelado a uma série de acontecimentos.

Eu me lembro da minha mãe, ao me responder sobre lavar os tapetes: “No final do ano a gente arruma.” Acredito que não me acostumei com essas ideias de iniciar e terminar o ano não seguindo o calendário, mas atribuindo valor àquilo que queremos. Eu sou assim. Não gosto da ideia de o ser, contudo não modifico e continuo esperando algo acontecer para que eu aconteça.

A paralisia, a qual nos remove do comboio em que estão aqueles seres proativos, é um tanto perigosa já que nos deixa distantes da eficiência de planejamentos estratégicos a fim de que possamos viver de maneira mais organizada e leve.

Viver à sombra do depois nos engole, mastiga, deglute e cospe na nossa cara um escarro sabor incompetência que só os que são dessa gangue sabem o gosto. Pensa-se muito e faz-se pouquíssimo. E o detalhe mais sórdido disso tudo é que apenas nós somos responsáveis por nós mesmos. Tal e qual fazer xixi: só a gente faz pela gente. Lado positivo?  Talvez não haja. Talvez…

No final das contas, nada muda se não mudarmos. O ano não se iniciará caso não tomemos iniciativas. O ano não se findará se não findarmos o que iniciamos. Tudo é um ciclo. Penso que valha tentar organizar melhor a vida. Por enquanto, é só uma ideia.

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