No dia do vinil, veja onde encontrar o bom e velho bolachão

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No dia do vinil, veja onde encontrar o bom e velho bolachão
Fotos: Renan Mattos (Diário)Empresários que comercializam LPs novos e usados destacam a busca pelas raridades e pela qualidade sonora da velha mídia

O homenageado do dia já fez muito sucesso e, no passado, foi objeto de desejo de crianças, jovens e adultos. Depois, saiu de moda, quase desapareceu na era do CD e da música digital, mas resistiu e está mais vivo do que nunca. Estamos falando do bom e velho disco de vinil que, até hoje, proporciona uma sonoridade especial que mantém a acesa a paixão de um exército de fãs. Hoje, dia em que é celebrado o Dia Nacional do Vinil, mostramos que, em Santa Maria, ainda existem lojas e sebos especializados no velho bolachão, como a Disco Voador e o Sebo Camobi.

A data surgiu no Brasil em homenagem ao músico Ataulfo Alves, que morreu em 20 de abril de 1968. 10 anos depois, em 1978, no Rio de Janeiro, os saudosistas e colecionadores de discos decidiram dedicar a data para celebrar a paixão pelo vinil. No bairro Nossa Senhora do Rosário, a loja, com nome sugestivo, Disco Voador, trabalha com a venda de discos de vinil há mais de 10 anos. No acervo de 2 mil itens novos e usados, os preços variam de R$ 10 a R$ 1 mil.

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A maior raridade da loja é um disco de Paulo Marquez, por se tratar de uma prensagem rara do final dos anos 1950 e por estar muito bem conservado.– A procura varia bastante. De bandas clássicas do rock a obscuridades. Tem clientes que buscam saldos de R$ 10, outros que estão sempre à procura de álbuns para completar suas coleções de uma determinada banda. A MPB está em alta há um bom tempo. O único público difícil de trabalhar é a música gaúcha que, de certa maneira, está quase esquecida pelo nosso povo – comenta o dono da loja, Ricardo Nicoloso.

Segundo ele, nem a pandemia diminuiu a busca pelos discos:

– Os dias de lockdown foram difíceis, pois ficamos trabalhando apenas pela internet e com entregas. Porém, nos dias de funcionamento, apesar da restrição de atender uma pessoa por vez, não sentimos diminuição significativa no número de vendas. As pessoas estão mais tempo em casa o que, de certa forma, as mantém ligadas à música. Assim, o vinil representa um artefato significativo.

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Na região Leste, o Sebo Camobi, de Antônio Medeiros, reserva um espaço especial para os adoradores do vinil.– Mesmo que o disco seja lançado em canais de streaming, se o pessoal sabe que tem em vinil, existe a procura. O disco de vinil teve um tempo de vida muito grande, no passado. Isso fez com que se criasse essa nostalgia. Quem não tinha condições financeiras para ter vinis na época, agora, pode buscar esses discos. Além disso, esse mercado também conta com aparelhos de som que têm valores acessíveis.

Além das memórias, os dois lojistas que mantém viva a paixão pelos vinis concordam que curtir um disco é uma boa nostalgia. E você vai escolher qual disco para ouvir hoje?

CURIOSIDADE

O ano era 1948, quando as cópias do álbum The Voice of Frank Sinatra começaram a ser vendidas. Era o início da era do disco de vinil. A tecnologia veio para substituir os discos de goma-laca, uma resina produzida por um inseto, encontrado nas florestas da Índia e Tailândia, que tornava o produto muito caro. Com a facilidade do vinil, a onda de artistas com discos mais baratos e com mais tempo para músicas, se tornou popular e sobrevive até hoje.

PARA QUEM BUSCA DISCOS DE VINIL

Disco Voador

Onde – Rua Antero Corrêa de Barros, 233

Funcionamento – De segunda à sábado, das 14h às 18h

Telefone – 55 9 9612-9411

Sebo Camobi

Onde – Faixa Nova de Camobi, 7100 (ao lado posto Ipiranga)

Funcionamento – De segunda à sábado, das 11h às 19h

Telefone – 55 9 9979-0110

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