“Não compartilhe notícias falsas em grupos de redes sociais”, orienta prefeito sobre ameaças de ataques a escolas

Laura Gomes e Eduarda Paz

“Não compartilhe notícias falsas em grupos de redes sociais”, orienta prefeito sobre ameaças de ataques a escolas

Foto: Agência Brasil

Diante dos últimos ataques de violência em escolas do país, em menos de 15 dias de diferença um do outro, órgãos de segurança pública, coordenadorias, secretarias de educação e instituições de ensino organizam-se para tomar medidas preventivas para a segurança da comunidade escolar. Em Santa Maria, planos já estão sendo elaborados, como a instalação do botão de pânico nas escolas, o aumento do patrulhamento, divulgação dos canais de denúncias e monitoramentodas redes sociais.

“Não compartilhe notícias falsas em grupos de redes sociais”, orienta prefeito

Em entrevista à CDN, o prefeito Jorge Pozzobom explica como devem funcionar as medidas de segurança, organizadas em conjunto, com o órgão de educação do município. Na tarde da última segunda-feira (10), foi divulgado pelo executivo, que em até 30 dias a prefeitura deve ampliar a segurança nas escolas da Rede Municipal.

– Eu acompanhei a instalação do botão de pânico, em uma escola em Camobi. Um dos botões é fixo e o outro fica sob a responsabilidade de um professor, que vai ser escolhido pela equipe diretiva da escola. Quando acionados, em caso de emergência, a viatura não vai sair do Ciosp, e sim, do local que estiver mais perto daquela instituição.

Segundo Pozzobom, já foram colocadas câmeras de vigilância em quase todas as escolas da rede. Para complementar, o prefeito ressalta sobre a importância de não compartilhar notícias falsas nas redes sociais.

– Precisamos tranquilizar os pais e as mães dessa onda de mentiras criadas. A prefeitura está tentando buscar quem são essas pessoas que criaram as mentiras, gerando um grande pânico na comunidade. As pessoas não devem compartilhar essas fake news, o que deve ser feito é tentar buscar nossos órgãos de segurança, como o Ciosp, a Brigada Militar, Polícia Civil, enfim, para identificarmos a autoria.

Órgãos de segurança monitoram redes sociais e intensificam patrulhamento

As primeiras escolas que vão receber o botão do pânico são aquelas que mais registram chamados da Guarda Municipal. De acordo com Sandro Nunes, superintendente do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), esse foi o critério adotado para orientar o início da instalação dos dispositivos, que vai ser feito em 30 instituições neste primeiro momento. Após, o objetivo é englobar todas as 80 escolas da Rede Municipal.

Nunes ainda destaca que nesta terça-feira (11), o patrulhamento foi intensificado em áreas escolares e o serviço deve seguir ocorrendo nos próximos dias na cidade. A Guarda Municipal também está focada, integralmente, no trabalho nas escolas, e aumentou de um para quatro os veículos utilizados na ronda escolar.

Além disso, os órgãos de segurança estão fazendo o monitoramento das redes sociais para evitar que mais desinformação circule entre a população e a comunidade escolar.

– Os órgãos de segurança estão monitorando as redes sociais. Muitas ocorrências foram registradas em razão disso, então, vai haver uma investigação da Polícia Civil para essas pessoas que divulgaram notícias que não são verdadeiras, criando pânico e sensação de insegurança, (e também para aquelas que) fizeram apologia ao crime, incitando ou contrariando a lei, tirando as pessoas da sua tranquilidade – relata Nunes.

Qualquer suspeita verificada no ambiente online é encaminhada para a Brigada Militar e a Polícia Civil. Conforme explica o superintendente, a ideia é que a partir da integração destas tecnologias, a comunicação entre escolas e as forças de segurança melhore e o tempo de resposta para casos desse tipo seja reduzido.

– Não temos nenhuma informação que mereça credibilidade. Por isso, pedimos que os cidadãos não divulguem notícias que não tem fonte declarada, que não sejam de órgãos oficiais, que não reproduzam mensagens que gerem pânico e insegurança. Estamos atentos, acompanhando e investigando para ver se há algum indício que possa nos levar a uma intervenção mais severa às ações de segurança – detalhe o superintendente.

No Estado, o Departamento de Inteligência da Segurança Pública (DISP) e as agências de inteligência das forças de segurança estão acompanhando o tema. O patrulhamento da Brigada Militar também foi reforçado em áreas estratégicas. O comandante-geral da Brigada Militar, Cláudio dos Santos Feoli, afirmou que os canais de denúncia seguem abertos e, nesse momento, o trabalho coletivo deve ser priorizado para evitar ataques e desinformação.

– As inteligências monitoram as redes sociais e todas as possíveis manifestações em aplicativos. É importante que as pessoas não divulguem ameaças que podem trazer pânico público. O patrulhamento preventivo realizado pela Brigada Militar tem focado em todas as escolas nos 497 municípios do Estado. Importante que façamos essa aproximação para que tenhamos uma rede de proteção coletiva, sociedade, órgãos de segurança pública e educação – esclarece Feoli.

O Grupo Diário tem como missão informar com precisão e responsabilidade. Neste momento, em que as redes sociais têm sido bombardeadas com inúmeras notícias falsas sobre ataques a escolas da região, reforçamos o compromisso de não dar espaço a esse tipo de notícia. De acordo com especialistas no tema, não dar fama a autores de ataques evita a visibilidade das ações e desestimula esse tipo de violência. Nossa política para divulgação dessas informações será restritiva. Ações frustradas ou meras ameaças não serão noticiadas.

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