Compartilhar informações falsas sobre ataques a escolas é crime: saiba como denunciar

Nas últimas semanas, casos e ameaças de ataques a escolas e creches têm deixado pais, responsáveis e a comunidade, de forma geral, apreensivos. Contudo, muitas informações que chegam acabam sendo disseminadas de maneira desencontrada e fora do contexto real. Com isso, ao invés de auxiliar com a segurança, a propagação desses conteúdos causam pânico na população. Em entrevista à Rádio CDN (93.5 FM), o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, explica como esses casos estão sendo investigados. 

Segundo ele, há um contato direto com as escolas para avaliar caso a caso. No entanto, o delegado confirma que as situações que chegaram até o momento na Polícia Civil não passam apenas de boatos:

– Entendemos a preocupação das pessoas, principalmente dos pais. Estamos investigando todos os casos que recebemos. Estamos em contato também com as escolas. Até o momento não detectamos nenhum possível caso (de ameaça). 

O delegado ainda alerta aos áudios recebidos pelo WhatsApp de supostos grupos. Segundo ele, as instituições policiais “não deram orientações para que os alunos não fossem às escolas”. Além disso, relatos de pais assustados com o policiamento nas escolas têm chegado à delegacia. Sobre isso, ele ressalta que os policiais estão realizando o trabalho de policiamento. 

As informações falsas difundidas pelas redes sociais são consideradas como “contravenção penal“, chamado de falso alarme. A pena para quem for flagrado divulgando ou compartilhando tais boatos é de 15 dias a seis meses de prisão. Além disso, quem recebe e encaminha essas mensagens novamente pode ser enquadrado como coautor do crime.

– Não compartilhem informações falsas em grupos de condomínio, de trabalho, etc – alerta Meinerz.   

Checagem

O delegado orienta que o primeiro passo a ser feito é não compartilhar áudios, vídeos e fotos que tenham sido recebidos pelas redes sociais. O segundo passo é realizar a checagem junto aos órgãos oficiais de segurança. É possível ligar e denunciar as mensagens: 

Centro Integrado de Operações de Segurança Pública de Santa Maria – (55) 3921-7167 ou WhatsApp (55) 99217-8122

Disque denúncia da Polícia Civil de Santa Maria – WhatsApp 55 55 8423-2339

Em alerta

Em reunião na segunda-feira (10), o prefeito Jorge Pozzobom foi a um colégio da Rede Municipal de Ensino para ver o funcionamento de um botão de pânico. Em seguida, participou de uma reunião no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública de Santa Maria (Ciosp-SM) para entender mais. Isso porque a prefeitura de Santa Maria vai instalar em até 30 dias esses botões em mais 80 instituições da cidade. 

Atitude estranha na escola? Confira os canais de denúncia

Em meio aos ataques em escolas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal para o recebimento de informações. Todas as denúncias são anônimas e mantidas em sigilo. No campo, é possível registrar um link recebido com postagem sobre ataque e comentário. 

Também é possível fazer a denúncia por telefone: Polícia Civil 197 e Secretaria de Segurança Pública 181. 

A Polícia Civil do RS também está à disposição pelo WhatsApp (51) 98444-0606.

O Grupo Diário tem como missão informar com precisão e responsabilidade. Neste momento, em que as redes sociais têm sido bombardeadas com inúmeras notícias falsas sobre ataques a escolas da região, reforçamos o compromisso de não dar espaço a esse tipo de notícia. De acordo com especialistas no tema, não dar fama a autores de ataques evita a visibilidade das ações e desestimula esse tipo de violência. Nossa política para divulgação dessas informações será restritiva. Ações frustradas ou meras ameaças não serão noticiadas.