Segurança

Movimento tranquilo nas ruas da Nova Santa Marta após intensificação do policiamento

Pâmela Rubin Matge

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Ruas praticamente vazias e algumas viaturas do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM)em patrulhamento. Este era o cenário no bairro Nova Santa Marta, na manhã desta quarta-feira, poucos dias após uma nova onda de violência na região.

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No posto de Estratégia Saúde da Família (ESF) Alto da Boa Vista, localizado ao lado da Escola Adelmo Simas Genro, um cartaz orienta os pacientes a procurarem a Unidade Básica de Saúde (UBS) Floriano Rocha, no bairro vizinho, Santa Marta. No colégio, as aulas seguiam suspensas e agentes da Guarda Municipal faziam a segurança do local.

Conforme a coordenadora das unidades de saúde da região Oeste, a enfermeira Vanessa Preigschadt Martins, ainda é pequena a demanda de pacientes da Nova Santa Marta para o novo posto:

— Essa é uma região de vulnerabilidade social, em que trabalhamos com agendamentos e focados na prevenção. O pessoal não tem vindo até aqui. Até porque, em geral, só costumam procurar atendimento quando percebem uma febre forte ou não podem mais esperar. Mesmo com uma equipe organizada neste novo espaço, esperamos retornar o mais rápido possível— esclarece.

Ainda, de acordo com a enfermeira, a situação dos últimos dias era desesperadora. Os casos de esfaqueamentos e tiroteios aumentaram significativamente, em especial entre os jovens. Além disso, pacientes e profissionais da saúde, por mais de uma vez, tiveram de se trancar em pequenas salas, com medo dos tumultos e das ameaças no entorno da Escola Adelmo Simas Genro.

Segundo o tenente do BOE, Marcio Dorneles, que coordenava o patrulhamento durante a manhã, a população relata à polícia que a sensação de segurança aumentou:

— Estamos conversando direto com a comunidade e eles nos agradecem pela segurança, mesmo que alguns ainda tenham medo de falar. Estamos com três viaturas e, pelo menos, nove policiais 24h por dia. Fizemos abordagens e barreiras, permanecemos por cerca de 30 minutos em frente às escolas, nos entroncamentos de ruas e próximo à paradas de ônibus.

Uma jovem de 20 anos, que não quis se identificar, espera que essa sensação de segurança não seja apenas a curto prazo:

— Esperamos que os policiais permaneçam aqui. A coisa está mais calma, não vemos mais badernas, barulho e junção nas esquinas. O pessoal tinha medo até de ir ao mercado e sair de casa. Também esperamos que as aulas voltem logo na Adelmo. Estudamos a vida inteira ali, e ver alguns apedrejarem e ameaçarem as pessoas de lá é muito triste — relata a moradora.

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