Conhecer o próprio corpo, o próprio emocional e estar em harmonia com a natureza. Buscar uma paz interior, fazer bem a si e ao próximo. Esses são alguns dos ideais de mulheres que decidiram se unir para se completar.
O movimento, denominado de Sagrado Feminino, tem se espalhado na cidade e na região. O objetivo maior, de acordo com quem o pratica, é, além de se conhecer, aproveitar os encontros para trocar experiências, compartilhar angústias, sofrimentos e desabafos e oferecer compreensão e apoio.
No entanto, para que essa ajuda funcione, as participantes destacam que é preciso que a mulher esteja bem consigo mesma. Os encontros as ajudam a se amarem e se aceitarem como realmente são. Nesta filosofia de vida, as mulheres passam a valorizar mais os seus ciclos naturais, os momentos pelos quais passam.
Para quem participa dos encontros (que podem reunir apenas duas ou dezenas de mulheres e ocorrer em qualquer lugar), a experiência é contada como indescritível. A professora Bruna Fani Duarte, 23 anos, começou a frequentar o Círculo Sagrado Feminino em novembro de 2015.
Segundo ela, a participação surgiu a convite de uma amiga e aconteceu em função de que ela percebeu que não estava se sentindo completa. Durante a primeira experiência, que ocorreu em um encontro em Silveira Martins, ela afirma ter enxergado as outras mulher como irmãs, com as quais é possível compartilhar desafios e conquistas. Ainda segundo ela, a visão de uma outra mulher como rival acabou sendo deixa de lado.
Eu entendo que nós mulheres precisamos de algo a mais, que falta algo no nosso dia a dia. Eu estava me sentindo incompleta quando surgiu o convite para o Círculo Sagrado Feminino. Foi um encontro de mulheres dividindo gratidão e perdão. Nós costumamos olhar para outra mulher e pensar nela como uma concorrente. Mas, nesse ambiente, nos enxergamos como irmãs. Vejo elas com amor e passamos a compartilhar nossos problemas com um olhar sem julgamento ressalta Bruna.
A cada nova estação
Os encontros do Círculo Sagrado em Silveira Martins costumam acontecer a cada troca de estação. Além disso, as mulheres realizam outras reuniões esporádicas, em Santa Maria, para que haja o contato e a troca de experiências.
Segundo a cabeleireira e maquiadora Taís Moreira, 23 anos, a cada encontro, as sensações, assim como os rituais, são diferentes. Ela destaca que, além do contato com outras mulheres, outras inspirações também são importantes para que as mulheres estejam em harmonia consigo mesmas.
Cada mulher encontra algo diferente para se conectar e, diante do sagrado, resgatamos o nosso interior que, por vezes, acaba se perdendo. Podemos fazer essa busca de diferentes maneiras, seja através dos encontros, ou com leituras e referências de outras mulheres e do próprio feminino. Tentamos nos reunir em grupos menores para que possamos nos fortalecer cada mais. Esses rituais "