Na sexta-feira, em uma entrada de acesso a uma das antenas, ainda era possível ver as marcas deixadas pelas rodas dos carros no solo, provavelmente porque a terra estava molhada. A vegetação também estava amassada. No local, mangueiras, calotas, reservatórios e outros vestígios de carro estavam abandonados.
O delegado Sandro Meinerz, titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), afirma que, em Santa Maria, não há desmanches clandestinos, como na Capital e na Região Metropolitana. Segundo o comandante da Defrec, que investiga esse tipo de crime, de fato, dois veículos foram levados ao local, mas não houve o desmanche total. Apenas algumas peças foram retiradas.
Conforme Meinerz, os casos não configuram uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. O delegado ressalta ainda que, em Santa Maria, a maioria dos veículos roubados é recuperada. Nos dois primeiros meses de 2016, foram 11, todos recuperados.
O criminoso daqui não leva o veículo para desmanchar. Geralmente, ele é levado para a prática de outro crime. O máximo que acontece é a retirada de pneus ou de peças específicas e, depois, são abandonados ou apreendidos em ações. Os altos índices de resolução e recuperação também ajudam a coibir esse tipo de crime explica.
Em 2015, no Rio Grande do Sul, foram cerca de 38 mil veículos roubados e furtados. Conforme levantamento da Rádio Gaúcha, levando em consideração as maiores frotas de veículos do Estado, Santa Maria é a que apresenta menor risco de furto ou roubo.