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Morre Serena Vallandro, anfitriã e rainha de bailes de Carnaval em Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Janio Seeger (arquivo Diário)
Serena no Jantar dos 15 anos do Mídia Mix, no Avenida Tênis Clube, em novembro de 2018

Morreu às 22h deste domingo, com 88 anos, Serena Vallandro. Ela era pedagoga, atriz e diretora de teatro e auditora do Estado aposentada. Nasceu em São Martinho da Serra, morou por 10 anos em Caçapava do Sul, mas em Santa Maria brilhou durante a efervescência cultural dos bailes de clubes sociais.

Em 1950 casou com o primeiro marido Luiz Adão Cuozzo, com quem teve oito filhos: Maria Catarina, Maria Regina, Luiz Alberto, Maria Lucia, Francisco, Claudia Maria, Carla Maria e Luiz Francisco. Mais tarde, casou com Armando Vallandro, que foi presidente do Clube Caixeiral. Foi aí que começou a paixão pela maior festa popular brasileira. Ao lado do marido, Serena protagonizou os anos de ouro dos bailes de Carnaval em Santa Maria. Também foi modelo para fantasias de estilistas como João Francisco Goldmann e Ruby Saratt. 

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Além dos oito filhos, deixou 13 netos e sete bisnetos.

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Em 1995, aos 60, começou a participar dos concursos de beleza. Ganhou títulos estaduais e marcou história como a primeira Miss Brasil Terceira Idade. Em 1996, foi rainha de Carnaval do Rio Grande do Sul. 

Serena morava com a filha, Claudia Maria, há cerca de um ano em Itapema (SC). Segundo a família, ela se sentiu mal na tarde de domingo, fez exames, mas nenhum problema de saúde chegou a ser diagnosticado.

Conforme uma das filhas, a empresária Maria Catarina Corrêa Cuozzo, 68 anos, Serena era uma pessoa forte e determinada, correta e honesta nas suas atitudes:

- Ela sempre nos deu bons exemplos - conta.

Entusiasta da arte, deixou lembranças sobre sua vida cultural até mesmo para os netos. O professor de Educação Física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Luiz Fernando Cuozzo Lemos, 38 anos, lembra que frequentou os bailes de gala com a avó:

- Me lembro que quando era pequeno, ela me colocou num curso de tango para tentar aprender e se apresentar em um dos bailes. Foi um fiasco da minha parte, mas ela deu o show dela. Foi engraçado. Uma vez ela queria me mandar para o Rio de Janeiro para fazer um curso de atores também - conta Luiz Fernando.

Ele lembra ainda da personalidade generosa da avó, com quem morou durante a graduação na universidade:

- A vó era uma guerreira, uma trabalhadora, uma pessoa do bem, para cima, animada, gostava de festa, de alegria, era uma pessoa que fazia o bem. Eu mesmo, quando entrei na faculdade, morei com ela durante a faculdade, depois na pós-graduação. Hoje sou professor da universidade, mas lá atrás, quando tive dificuldade, ela me deu esse suporte. Ela tentava fazer para todos que estavam perto o melhor possível - completa o neto.

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Um dos bisnetos, o estudante Leornardo Luis Lemos Funk, 14 anos, também guarda com carinho a imagem da matriarca:

- Ela conversava bastante e era muito alegre. Várias vezes a gente ficava na piscina da casa dela e nos divertíamos bastante.

Serena será velada a partir das 13h na capela 3 da Av. Liberdade. O sepultamento será nesta terça-feira, às 10h, no Cemitério Ecumênico Municipal.


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