Um serviço que é oferecido há cerca de duas décadas pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) agora passou a ser habilitado e reconhecido, oficialmente, pelo Ministério da Saúde. A instituição é um centro de saúde que é referência no atendimento e acompanhamento de gestantes de alto risco para os para 45 municípios que integram a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS). Na prática, o título garante que a instituição receba recursos do Ministério da Saúde pelos serviços que já são prestados. O valor, que ainda não foi apontado, será destinado ao Projeto Rede Cegonha do Ministério da Saúde, que existe desde 2011, em Santa Maria.
A gerente de atenção à Saúde do Husm, Soeli Guerra, explica que os serviços continuarão os mesmos, porém, a intenção, com a verba, é que a estrutura e os atendimentos recebam manutenção preventiva, e que o sistema seja qualificado e melhorado. Até então, tudo isso era custeado com recursos do próprio hospital.
– Na verdade, estamos recebendo o reconhecimento daquilo que fazemos há mais de duas décadas sem ter o reconhecimento do Ministério da Saúde, todos os serviços já existem. Temos que manter, que qualificar, dar as condições necessárias ao setor de gestantes de alto risco. Nós já somos um centro de saúde especializado nesse atendimento, então é um direito nosso – comentou.
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O hospital reúne especialistas qualificados e alta tecnologia de modo a dar conta da demanda dessa parcela da população. Ao todo, são 52 leitos de obstetrícia, sendo que 25 deles são para os partos, tratamento e internação para gestantes de alto risco. Os atendimentos vão além do pré-natal, consultas, acompanhamento de gestantes que apresentam alguma doença, seja antes ou depois da gravidez.
– Quando a mulher se torna gestante, e a gravidez pode ser de risco, ela precisa ter um controle mais rigoroso por parte de um especialista que acompanhe a mãe e o bebê, e nós, aqui no Husm, somos o único a oferecer esse serviço na região – acrescentou Soeli.

A instituição pretende, ainda, regulamentar a demanda. Para isso, a equipe do Husm está trabalhando junto com a 4ªCRS para que os atendimentos que não são de alto risco sejam feitos em outros hospitais da cidade ou da região. Assim, os serviços poderão ser disponibilizados de forma integral no Husm, que é referência para quem corre risco.
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A portaria para a habilitação foi feita do dia 16 de agosto, e na última terça-feira foi publicada no Diário Oficial da União. O valor que o hospital passará a receber deve ser divulgado nos próximos dias, em outra portaria.