Ministério da Saúde alerta sobre menor índice de cobertura vacinal da BCG registrado no país em 10 anos

Cenário

O dado em questão é referente a 2021, quando a cobertura vacinal entre bebês até um ano foi de 79,5%. A situação é constatada como grave pelo órgão a partir do comparativo com o ano de 2011, no qual o percentual foi de 100% de imunização.

O índice de 2022 apresenta uma melhora, mesmo ainda sendo preliminar. No Brasil, 82% do público apto nesta faixa etária foi imunizado. A recomendação do Ministério da Saúde é que a vacina BCG seja administrada em recém-nascidos, podendo ser ofertada para crianças de até 4 anos de idade, não vacinadas anteriormente.

No Rio Grande do Sul, 2021 também foi um ano com registro de baixa no índice. Apenas 75% dos bebês até um ano foram vacinados. Nos anos anteriores, a porcentagem de cobertura vacinal variou de 85% a 91%.

Nos últimos anos, veja como foi a cobertura vacinal da vacina BCG no RS

2015 – 104%

2016 – 94%

2017 – 91%

2018 – 91%

2019 – 88%

2020 – 85%

2021 – 75%

De modo geral, praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo das metas. O declínio ocorre desde 2016 em todo o país. Por conta disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi designado a um departamento específico dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). O setor terá como missão achar formas de elevar as taxas de proteção contra outras doenças imunopreveníveis, como poliomielite, tétano, coqueluche, influenza e sarampo.

Considerada de rotina, a vacina BCG está disponível durante o ano todo nas unidades de saúde brasileiras.

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa, transmissível e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Conforme o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) do ano passado, foram registrados cerca de 10,6 milhões novos casos de tuberculose em 2021 e 1,6 milhão óbitos em decorrência da doença no mundo. No Brasil, são notificados por ano aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes devido a tuberculose.

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, a tuberculose afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse, podendo ser seca ou com catarro.

A transmissão da doença ocorre por via respiratória e em contato com tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa e sem tratamento. Portanto, a prevenção e a vacinação continuam sendo as melhores soluções. Destaca-se ainda que a tuberculose é curável. Cerca de 85% das pessoas que desenvolvem a tuberculose podem ser tratadas com um regime medicamentoso de até 6 meses, reduzindo a transmissão da infecção.

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