Minissérie A Casa das Sete Mulheres completa 20 anos

Cassiano Cavalheiro

Minissérie A Casa das Sete Mulheres completa 20 anos
Fotos: Divulgação

Ana Joaquina, Maria, Manuela, Rosário, Mariana, Caetana e Perpétua. Esses nomes ecoam até hoje na memória de gaúchos e brasileiros que acompanharam a A Casa das Sete Mulheres, de 2003. Escrita por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, a minissérie retrata o período da Revolução Farroupilha, em 1835. Ao longo dos 10 anos do conflito liderado por Bento Gonçalves, as sete gaúchas se refugiaram em uma estância, onde passa grande parte da história.

Um pedido de tempos dos fãs da obra, “A Casa das Sete Mulheres” finalmente entrou no catálogo do serviço de streaming Globoplay em 29 de agosto. A minissérie teve direção-geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtman e foi inspirada no livro de mesmo nome da autora porto-alegrense Letícia Wierzchowski, lançado em 2002. A minissérie também marcou a estreia de grandes atores da TV, como Werner Schünemann, Camila Morgado e a santa-mariense Manuela do Monte. A atriz interpretava Joana, filha de Dona Rosa (Ana Beatriz Nogueira) e Onofre Pires (José de Abreu), que vivia em um convento.

– Foi tudo muito especial e eu nem sei se consigo dimensionar o quanto essa produção significou para mim. Eu fui para o Rio de Janeiro para passar três meses das gravações e aqui eu estou até hoje, 20 anos e muitos trabalhos depois – recorda.

Manuela em cena da minissérie, com a atriz Ana Beatriz Nogueira.

A história de Manuela com a série começa antes mesmo de ela fazer teste de elenco em Porto Alegre. Jaime, o diretor, havia visto a foto de Manuela do Monte em um jornal, em Porto Alegre, e pediu à produção para localizar a atriz. Sem saber, Manuela e outros atores de Santa Maria se inscreveram para fazer teste de elenco. O teste foi considerado muito bom pela produção e Jaime escolheu a atriz e, depois, recordou que a Manuela do teste era a mesma atriz da foto do jornal. Outra curiosidade é que a personagem Joana foi adaptada para ser especialmente dela. No roteiro original, Bruno Gagliasso viveria o filho de Dona Rosa e Onofre. Porém, um dos atores que interpretaria um dos filhos de Bento Gonçalves não pôde participar do projeto, assim, Gagliasso interpretou um dos filhos do protagonista, dando espaço para Manuela.

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Outro santa-mariense que atuou no projeto foi Carmo Dalla Vechia, interpretando um dos homens da comitiva de Giuseppe Garibaldi, interpretado por Thiago Lacerda. Ele conta que participou de muitas cenas de ação, sem dublê, e precisou aprender a andar a cavalo durante as gravações.

– Uma vez caí do cavalo, porque o animal se assustou com um tiro de festim. O diretor gritou: “tudo bem? Então sobe no cavalo de novo!”. Foi um trabalho muito importante pra mim, por contar nossa história. Lembro de uma cena que tinha chimarrão, e as pessoas tomavam um gole e passavam para outras e eu, prontamente, falei: “não pessoal, gaúcho não é assim não, tem que tomar a cuia inteira”.

Carmo durante as gravações, ao lado de atores como Tarcísio Filho e Juliana Paes

O ator também recorda que seu marido, o autor João Emanuel Carneiro, o conheceu após assistir à minissérie:

– Meu marido me conheceu vendo minha morte nessa minissérie. Quando ele viu, ligou para a autora e perguntou “quem é esse ator morrendo aí?”. Ela deu meu nome e a gente se encontrou um tempo depois, em um projeto de teatro. Estamos juntos até hoje – recorda o ator casado há mais de 18 anos.

Conforme a autora Letícia Wierzchowsk, uma versão em história em quadrinhos de A Casa das Sete Mulheres foi produzida pela Editora Marauto, com desenhos da quadrinista Verônica Berta. A HQ deve ser lançada até o final de 2022, às vésperas dos 20 anos.

Colaborou Bernardo Abbad (bernardo.abbad@diariosm.com.br)

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