Uma das principais estruturas para o desenvolvimento econômico e turístico de Santa Maria e região, o aeroporto municipal está em obras para ampliar o terminal de embarque. Nos últimos dias, a prefeitura anunciou que a reforma está 70% concluída. A expansão do espaço é necessária para a instalação do guichê da Gol Linhas Aéreas, que começará, em novembro, a operar voos entre Santa Maria e São Paulo. Com a ampliação, a sala de embarque passa dos atuais 70 assentos para 112. O layout interno do local também está sendo remodelado.
AMPLIAÇÃO
A reforma de ampliação e modernização do aeroporto está entre as principais metas do governo Jorge Pozzobom (PSDB), e tem avançado, mesmo dependendo da morosidade de poderes públicos. A administração tem recursos garantidos para dar mais este passo, mas também depende da aprovação do complexo projeto, que está mais de 70% aprovado pela Secretaria Nacional de Aviação (SAC).
Conforme o Executivo municipal, cerca de R$ 5 milhões dos recursos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) 2 podem ser aportados para a ampliação e modernização do aeroporto. A prefeitura já tem garantido cerca de R$ 10,5 milhões da SAC.
MEDIDA
O valor investido na ampliação da sala de embarque é de R$ 460 mil, mas são recursos viabilizados por meio de medida compensatória da empresa Pampeiro. Esse modelo de compensação tem sido usado pelo Executivo desde 2018, quando o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial foi alterado, o que permitiu o direcionamento de medidas mitigatórias feitas pelas empresas diretamente a investimentos de áreas públicas do município. Dentre as obras que deram certo nesse sistema estão o próprio aeroporto – já que as obras avançam –; as capelas velatórias, com investimento de R$ 500 mil de uma empresa e mais R$ 1 milhão de doação; investimentos de R$ 225 mil no Cemitério Ecumênico Municipal; além de obras que devem ser feitas nesse modelo, como a revitalização da Praça Saldanha Marinho, que receberá aporte de R$ 1,2 milhão, e a reforma da Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide, orçada em R$ 700 mil. No mesmo formato foram iniciadas as obras do Calçadão Salvador Isaia, que receberam recursos de medidas compensatórias em valor superior a R$ 1 milhão, mas que, agora, recebem investimentos públicos.
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Um custo caro se paga devido ao descarte irregular
Foto: João Vilnei (PMSM)
O descarte irregular feito em áreas públicas tem um custo caro ao município. Nos últimos quatro anos, a prefeitura gastou R$ 7,5 milhões extras dos cofres públicos para limpar os espaços. Devido à irresponsabilidade – em grande parte da própria população que joga lixo em locais indevidos –, problemas crônicos, e que chegaram a ser resolvidos, voltam à tona. É o caso dos alagamentos na Rua Maranhão e João Lino Preto, na Região Oeste. Por décadas, a comunidade pediu soluções ao poder público para sanar o problema. Em 2019, o Executivo investiu R$ 1,3 milhão para resolver o transtorno, e conseguiu. Os moradores celebraram o fim do imbróglio.
No entanto, os alagamentos voltaram a ser registrados após a chuva de quinta-feira. A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos foi até o local verificar a situação. Um dos motivos para o alagamento foi que um córrego transbordou devido à grande quantidade de lixo descartado de forma irregular. Assim, a água não teve vazão e ficou acumulada na Rua Maranhão.
Muito se cobra pelas soluções, mas é preciso reconhecer que nem tudo depende do poder público. Enquanto não houver conscientização por parte da população de que o descarte irregular é um problema sério à sociedade, seguiremos pagando um preço alto, em dinheiro, e, principalmente, ao meio ambiente.
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