Mais um pai sem seu filho

Michele

Mais um pai sem seu filho

Um assalto, dois tiros, violência gratuita, alguns segundos e… lá se foram os sonhos e os planos de futuro de um jovem de 22 anos. Ver o depoimento do seu Almeida, pai que ainda na madrugada postou nas redes sociais a perda de seu filho mais velho, é muito triste. Como mãe, notícias como essa deixam-me arrasada. E preocupada com o futuro, cada vez mais… Como estará o psicológico do irmão mais novo que viu tudo? Como essa família que, de uma hora para outra perde um filho, consegue se reestabelecer? O pai ressalta que pediu aos “guris” para não saírem de casa, e que eles não ouviram e foram para o centro. Foram à procura de diversão. Nada mais natural para quem tem seus vinte anos. Como segurar esses jovens em casa? Tem ainda o agravante que as festas estão a ser retomadas depois de dois anos com confinamentos e pandemia. Impossível guardar os filhos em uma bolha, eles estão no ápice da sua vitalidade e tem todo o direito ao lazer, às festas e à diversão.

Quem está fora do seu direito é o grupo de sete suspeitos que, livres e armados, saem pela rua a fora para cometer crimes. Li que três suspeitos já estão prestando depoimento. Espero que fiquem detidos e que a polícia encontre os outros quatro. E os tire da rua. Porque a criminalidade cresce quando aumenta também a impunidade. Quem mata ou ameaça a vida de alguém deve ser punido, deve ser privado da liberdade. Nenhuma sentença vai trazer o filho do seu Almeida de volta – nem de outras tantas vítimas da violência de rua – mas a punição proporciona uma catarse às pessoas de bem. O cidadão quer ter seu direito à liberdade, à segurança, à justiça.

Sobre o desabafo e a indignação do pai em relação às festas universitárias no centro da cidade, já havia trazido esse tema aqui na coluna ontem. Um local que vai reunir milhares de pessoas precisa de estrutura e segurança para tal. Um dia, jovens levam chutes e pontapés, no outro dois tiros e golpes de facão interrompem os sonhos de um menino de 22 anos. O que mais vai acontecer sem que nenhuma providência seja tomada?

Noite Branca

Foto: arquivo pessoal

Nos dias 2 e 3 de setembro ocorreu um evento aqui em Braga chamado Noite Branca. A cidade tem cerca de 180 mil habitantes, o evento reuniu mais de 1 milhão de pessoas pelas ruas do centro histórico. Os policias, inclusive, fecharam o acesso às praças para evitar a superlotação em alguns momentos, liberando a entrada de pessoas à medida que outras saíam. Meu marido estava viajando, e fui com minhas filhas ao evento. Ficamos até madrugada e apesar de ter visto mesmo um “mar de gente”, não vi nenhum tipo de violência. A área de segurança, mobilizou um total de 230 agentes da Força de Segurança, 54 agentes da Polícia Municipal e 75 elementos de Segurança Privada. Não vi na mídia local nenhuma notícia de confusão. Alguns vão ler e dizer que isso é possível porque é na Europa; eu digo que isso é planejamento (depois de dois anos sem eventos por causa da pandemia, todas as atividades tem tido público recorde) e investimento em segurança. E ter essa segurança é um direito nosso, do cidadão que paga imposto

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